Segundo estatísticas americanas, aproximadamente 15% dos casos de infertilidade são causados por doenças sexualmente transmissíveis. Nestes casos, bactérias ascendem via vaginal, infectando a cavidade uterina, as tubas e os ovários, determinando uma reação inflamatória que pode levar à formação de abscessos, aderências e obstruções tubárias. No homem, estas infecções também podem diminuir a quantidade e a qualidade dos espermatozóides.
Os microorganismos mais relacionados a este processo são a Clamídia e o gonococo (bactéria causadora da gonorréia). As mulheres de maior risco de adquirirem estas infecções são aquelas com idade inferior a 25 anos, com múltiplos parceiros sexuais sem uso de preservativo e fumantes.
Recentemente, foi realizada uma pesquisa entre 752 estudantes de ensino médio no Canadá que mostrou que 79% dos estudantes conheciam o significado da palavra infertilidade, mas 94% não sabiam que as doenças sexualmente transmissíveis poderiam levar a um estado infértil.
Embora, nesta pesquisa, a maioria dos entrevistados saiba o que é infertilidade e diga valorizar a sua fertilidade, os conhecimentos sobre fatores preveníveis que causam infertilidade, como as doenças sexualmente transmissíveis, são muito limitados.
Neste sentido, mais esforços são necessários, por parte de programas educacionais, para orientar a população jovem sobre os riscos das doenças sexualmente transmissíveis e sobre a importância do sexo seguro.
Postado por Isabel de Almeida – Porto Alegre