Crédito da foto: Jonas Ramos, especial
Dançar, Viver, Amar
A música e a dança são vitais para Claudia Bergmann, bailarina, professora e coreógrafa caxiense que tem nos pés a pulsão que a mantém em constante movimento. Filha de Rubem Bergmann e da memorável professora de música e belas artes da Universidade de Caxias do Sul Dora Bergmann, Claudia recebeu da mãe o apoio incondicional para fazer das notas e acordes a força motriz de sua vida, que ainda hoje estampam um sorriso contagiante em seu rosto. Na infância, após se debruçar durante sete anos em estudos sobre piano e teoria musical, Claudia deu passos para outra direção e descobriu no ballet o ritmo que a encantou.
Tudo começou por uma indicação médica, quando recebeu a sugestão de que poderia curar o achatamento em um de seus pés com a dança. A terapia se tornou essencial e logo ela se profissionalizou não apenas em uma, mais em três modalidades: além do ballet clássico, o jazz e o sapateado americano deslumbraram a polivalente pisciana. Claudia, então com apenas 18 anos, apresentou o jazz à Caxias do Sul durante quatro espetáculos no Clube Juvenil e, em seguida, fez escola no Rio Grande do Sul como a primeira professora de sapateado no estilo norte-americano, com inspiração nos grandes musicais da Broadway.
Os cursos em São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais brasileiras não foram suficientes para Claudia, que alçou voos internacionais para aprender com grandes mestres em academias de Nova York, como a Broadway Dance Center e a Steps on Broadway. Pensando nas alunas que já havia cativado em sua terra natal, a bailarina sempre retornava para os linóleos caxienses, animada para ensinar as novas técnicas com o acréscimo de seu toque particular. Claudia segue dando mostras de seu incansável fôlego e atualmente, com mais de três décadas plenamente realizada na profissão, introduz em suas aulas o ballet da escola cubana. Mais adequado para o biótipo brasileiro do que o ballet russo, ela segue realizando estágios no centro do país com diversos professores, onde se destaca Laura Alonso, filha de Alicia Alonso, criadora do método e primeira diretora do Ballet Nacional de Cuba.
Dançando na Chuva
Claudia Bergmann é dona de uma personalidade que nunca vê tempo ruim. Carinhosa e dedicada, ela mantém uma relação próxima com suas alunas e trabalha no ballet questões que vão muito além da dança, como disciplina, autoestima, educação e outros valores de vida. Com tamanho envolvimento, Claudia permanece imersa nas atividades da escola que leva seu nome e das pontuais apresentações, além dos constantes cursos de atualização. Seu marido, o advogado Antônio Cezar Rodrigues, e o filho, Alexandre Bergmann Rodrigues, já se acostumaram com sua intensa rotina, que ela garante não a cansar mesmo trabalhando sete dias por semana.
- Unir o trabalho ao que mais me dá prazer me faz bem. Considero-me uma pessoa de muita sorte! – diz a iluminada coreógrafa, que atualmente está às voltas com os últimos detalhes do espetáculo “Estrelas”, que ocupará o palco do Teatro São Carlos neste sábado e domingo, às 20h, com novas apresentações na terça e quarta-feira, no mesmo horário.
Como se sua agenda já não fosse suficientemente atribulada, Claudia também não perde uma edição do Baile das Debutantes do Clube Juvenil, e desenvolve as coreografias para as meninas, pois sabe da importância de tal momento para as jovens, que estreiam em sociedade embaladas pelos seus passos. O resultado permanece nos olhos e no coração dos espectadores de seu trabalho e de cada uma de suas pupilas, que se emocionam com a nobreza de uma mestra que se doa de corpo e alma.
Claudia por Claudia
- Inspiração: Dora Bergmann, minha mãe e base para tudo o que sou.
- Artistas preferidos: Mikhail Baryshnikov, Fred Astaire, Gene Kelly e o músico André Rieu.
- Uma trilha sonora: a do musical “Cats”, de Andrew Lloyd Webber.
- Musicais preferidos: “Cats”, “O Fantasma da Ópera” e “Mary Poppins”.
- Não vivo sem: o amor das pessoas.
- Momento inesquecível: o nascimento do meu filho, Alexandre.
- O melhor lugar do mundo é… aqui e agora.
- Do futuro espero… saúde para trabalhar até os últimos dias.
Crédito das fotos: Arquivo pessoal, divulgação.
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Quitanda Cultural
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- O crítico de cinema porto-alegrense Robledo Milani comanda neste sábado o workshop “Marilyn Monroe – Mito Eterno”, sobre a carreira e biografia da eterna musa do cinema. A proposta se inicia a partir das 14h na Sala Ulysses Geremia, do Centro de Cultura Ordovás, com entrada franca.
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