Conhecer um novo país sempre desperta em mim uma curiosidade gostosa , misturada com uma certa preguiça, porque atire a primeira pedra quem tem toda a disposição para desvendar mapas e direções em um local totalmente desconhecido. Pois Copenhague me arrebatou desde o primeiro momento , chegando numa sexta-feira a tardinha a cidade era tranqüila , sem engarrafamentos e com um ambiente cálido.

Descobri logo que tudo se devia ao “hygge”, arte dinamarquesa do bem viver, traduzida num jeito simples e acolhedor , que valoriza as relações interpessoais e a luz. Isto mesmo, a valorização da luz em suas três formas: natural , artificial e viva , ou seja a luz de velas ou do fogo em lareiras e fogueiras é uma constante em qualquer lar ou bar da Dinamarca.

Só por aí já começamos bem, mas a conquista não se esgotou rápido , o famoso design e a arquitetura são um colosso! Definidas pela busca de um equilíbrio perfeito entre forma e função , a simplicidade e a utilidade prevalecem sobre a beleza , que não é um fim em si, em teoria!


Jacobsen
Na prática a beleza é incrível, em formas simples e limpas , abrem sempre muito espaço para , novamente , a luz, sempre uma preocupação num país castigado pelo clima e pelas nuvens que frequentemente escondem a luz do sol.

Copenhague é fácil e plana , um convite para descobri-la em duas rodas. Muitos castelos pontuam a cidade , mas foi a arquitetura moderna e contemporânea que roubou meu olhar. Olhem que eu sou uma apaixonada pela aquitetura histórica , mas aqui não tem como ficar indiferente ao que de mais novo se produz.

Para completar este mergulho na arquitetura contemporânea , vimos no DAC ( Dansk Arkitektur Center) uma exposição de Zaha Hadid , a iraquiana-inglesa star da arquitetura mundial , primeira mulher a receber o maior prêmio da arquitetura mundial , o Pritzker, o Nobel desta área.

Um museu pequeno , quase um estúdio onde se pode sentir o ritmo do trabalho na mão do artista, as maquetes, , as idéias se formando. Além da localização , tudo de bom com um café e um restaurante super charmosos.
O Noma, melhor restaurante do mundo por vários anos seguidos, fica bem pertinho. Pena que não conseguimos reserva, somente com seis meses de antecedência.

Almoçamos no restaurante do Teatro , do outro lado do canal . Sem reparos , uma escolha perfeita tanto pelo visual, de frente para a Ópera , quanto pela delícias dos pedidos. Um dia memorável e ainda muitas promessas para descobrir pela cidade.

Este foi somente um aperitivo, na volta prometo contar muito mais!
Comentários