Vem mais um feriado pela frente , o dólar esta nas nuvens e ainda tem férias a vista ? Uma dica para um programa cultural em família é a visita ao megacomplexo de arte contemporânea em Minas Gerais. Sei que pode parecer estranho , principalmente se as crianças forem pequenas . Mas não descarte ainda, a gente só aprende a gostar daquilo que é familiarizado , e Inhotim é a mais agradável opção para um primeiro contato , tanto para crianças quanto para adultos.


Tudo muito lúdico , integrado com a natureza e simplesmente lindo , de chorar de tão lindo e bem organizado! Para brincar , fazer picnic, correr solto e curtir sem pressa. Ainda dá para tomar banho de piscina dentro de uma obra de arte , ouvir o som da terra e se divertir aprendendo. Se ainda tem alguma dúvida , de uma olhada nas fotos abaixo, acho que não vai restar nenhuma.

Pavilhão Adriana Varejão
No último ano fizemos nossa primeira visita oficial a Inhotim. Organizamos a viagem para um grupo fechado da Bienal do Mercosul e com isto ganhamos o privilégio de termos 0 acompanhamento da curadora Júlia Rebouças.

Mobiliário Hugo França : Tamboril
Minha última visita ao jardim botânico/museu tinha sido em 2011, e de lá para cá muita coisa já mudou. A velocidade do crescimento do complexo vai de acordo com seu título de arte contemporânea, assombroso! E isto que o próprio idealizador de tudo aquilo , Bernardo Paz, nos confidenciou : seu objetivo e aumentar em mais de cinco vezes o número de pavilhões, incluir pista de pouso , hotéis e até shopping center ( sei não!) .

Júlia Rebouças , Bernardo Paz e Patrícia Druck

Mas por enquanto tudo está perfeito e, já, gigantesco! Os pavilhões novos dedicados a Ligia Pape e Tunga são tudo de bom . Quando falo em “pavilhão” , não se enganem , nada parecido com blocos amorfos e sem graça, são estruturas pensada pelos melhores arquitetos do Brasil , respeitando em sua forma as obras que irão abrigar .

Tteia de Ligia Pape
O pavilhão de Tunga fica numa parte de mata bem fechada , uma experiência onde a natureza invade a obra. Ficamos sabendo que as performances de inauguração no início de setembro foram muito fortes e interessantes, com a comunidade muito envolvida.
Fonte:/fotografia.folha.uol.com.br/

Novo Pavilhão Tunga

O passeio exige preparo físico , são colinas repletas de obras ao ar livre espalhada em mais de 100 hectares de jardins. Existe o transporte de carrinhos elétricos, mas eles não cobrem todo o parque , além de não serem suficientes para todos os visitantes. Mas vale cada pingo de suor derramado , e isto que pegamos quase 40 graus neste final de semana. Uma opção bem legal é a obra de Jorge Machi , uma piscina onde pode-se entrar literalmente, providencial neste dia! Piscina é a realização escultórica de um desenho que o artista fez de uma caderneta de endereço com índice alfabético, aqui transformada numa obra site-specific que é também uma piscina aberta ao público.

Esta é outra dica importante, a gente aqui do sul tem uma imagem de Minas Gerais uma terra linda , que é , mas montanhosa e fresca. Ledo engano , esta região está na intersecção entre cerrado e mata atlântica e é muito quente em quase todas as estações! Roupas leves, sapato confortável, chapéu e protetor solar são indispensáveis.


Olafur Eliasson com um caleidoscópio gigante
Na minha primeira visita fiquei apenas um dia por aqui , o que me permitiu uma visão bem limitada e rápida. Desta vez pudemos fazer mais descobertas de obras “escondidas” na mata ou mesmo mais distantes do núcleo do parque. Aconselho a aproveitar a viagem e ficar pelo menos dois dias no parque , indico um hotel bem charmoso nas proximidades , a Pousada Nova Estância em Brumadinho

Amei a árvore de bronze de Giuseppe Penone , “construída” e amarrada entre 4 árvores naturais que vão incorporá-la com o tempo, chama-se “Elevazione”.

A Geosfera com a obra “Da Lama Lâmina” de Matthew Barney é outra visita impactante.

“Imensa” de Cildo Meireles , brinca com a mistura de palavras e formas de mesas e cadeiras .

O som da terra capta a 220 metros de profundidade os sons que nosso planeta emite, uma obra de técnica e muita acuidade. Interessante e instigante. Pena que não gravei para vocês ouvirem , muda muito de intensidade conforme as interferências do meio. Obra de Doug Aitken chamada “Sonic Pavillion”.

Para finalizar Helio Oiticica sendo visitado por uma família inusitada


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www.viajandocomarte.com.br

Para quem quer mais informações sobre Inhotim:
http://wp.clicrbs.com.br/viajandocomarte/2012/10/24/o-jardim-museu-mais-lindo-do-mundo-esta-no-brasil-voce-conhece-inhotim/?topo=77,1,1,,,77
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