Os passeios de Segway estão ficando cada vez mais populares em cidades turísticas pelo mundo afora. Pois acho bárbaro , são silenciosos, menos espaçosos que motos e carros e proporcionam um contato mais próximo com a natureza.
Praga é uma cidade perfeita para eles, super pequena e compacta é especialmente encantadora cedo pela manhã quando a maioria dos turistas ainda está dormindo. Como é muito montanhosa , cheia de altos e baixos, o que deixa qualquer um exausto , o segway resolve um roteiro para reconhecimento do que está por vir. Além disto é muito fácil de ser manuseado e não requer pratica nem habilidade, o único senão é que ainda não alugam para passeios individuais , sem a presença de guias.
Partimos para um passeio pela Ponte Carlos, milagrosamente vazia as 7:30h da manhã. Só isto já valeu acordar bem cedinho. Seguimos para a Praça de Staré Mesto onde subimos na Torre do Relógio na prefeitura velha, um visual incrível que eu aconselho muito. Comemos uma das especialidades locais numa banquinha do centro , o stradlik , uma casquinha açucarada bem gostosinha principalmente se devorada quente.
Dali uma passada pela Casa Municipal ao lado da Torre da Pólvora, centro de arte e sede da Orquestra Sinfônica que é um tesouro da arquitetura art nouveau restaurado em 1997. Reparem nos detalhes que são divinos. Na casa funcionam dois restaurantes e uma sala de apresentações.
O Museu do Comunismo tem uma fachada estranha e também na Nové Mesto esta o único prédio moderno do centro da cidade , projetado por Frank Gehry o “Ginger e Fred” ou Dancing House é uma referência diante do Vlatva.
No Bairro Judeu visitamos o inquietante cemitério , uma das jóias medievais da cidade. A partir de 1439 os judeus foram impedidos de enterrar seus mortos fora do gueto de Josefov o que os impeliu a usar cada túmulo muitas vezes. Impressionante a devoção das meninas em frente ao túmulo de um rabino adorado no país.
Terminamos o passeio em Mala Strana , o bairro do Castelo e subindo um pouco mais até o Parque Petrin de onde se tem a vista mais linda de Praga. Esta subida pode ser feita de teleférico também, o que é pratico pois na descida todo santo ajuda, até os tchecos .
Escultura em homenagem aos mortos no comunismo , na subida do Monte Petrin
Na volta , já sem nossas rodas nos pés , entramos para visitar o Castelo que é quase um bairro inteiro entre muros, com a Catedral de São Vito e seus vitrais de artistas consagrados como o tcheco Edward Mucha, várias Igrejas de diversas épocas e a Viela Dourada com uma das casas atribuídas a Franz Kafka. Descemos a pé pela famosa rua Nerudova com suas casas belamente conservadas e símbolos medievais nas fachadas.
Ao lado da Ponte Carlos , na antiga olaria Herge, almoçamos divinamente no restaurante do Museu Kafka a beira do Vlatva, um dos mais caros da cidade mas que vale pela apresentação , sabor e visual.
O Museu Kafka vale uma visita ,com mostras multimidias sofisticadas e reunião de primeiras edições deste que foi “um judeu entre alemães, um ateu entre judeus e um escritor em alemão entre tchecos”.
Para um primeiro dia foi uma escolha perfeita, deu para curtir e fazer um roteiro completo de reconhecimento para depois escolher onde voltar e curtir os outros dois dias na cidade
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