
Fazendo valer a máxima de que é melhor conhecer coisas novas do que repetir roteiros carimbados, este ano elegemos o Cambodja como destino.
Na internet descobrimos que uma boa maneira de conhecer os muitos – e pôe muitos – templos de Angkor seria de bicicleta, já que a geografia do terreno favorece. Ao final de uma looonga viagem que incluiu escalas em Dubai e Bangkok , aterrisamos em Siem Reap pequena cidade vizinha ao conjunto dos templos do povo Khmer. Os templos tiveram sua popularidade amplificada quando o filme “Tomb Rider” e Angelina Jolie mostraram p/ o mundo sua arquitetura e belezas .
Armados contra o calor, com roupas leves e muita água, pegamos as bicicletas, mapa e demos início ao nosso tour. Um “quebra – molas” na entrada para os templos, onde compramos o passe de 03 dias, era a única elevação no trajeto. Aqui um conselho: se for visitar o país, nem se preocupe em trocar dinheiro. A moeda corrente é o dolar. Só é preciso assegurar – se de ter muitas notas pequenas, pois praticamente tudo é cotado assim, sempre com valores muito baixos .


Entrada de Angkor Wat
Nossa primeira parada foi o conjunto de Angkor Wat, uma das antigas cidades do povo Khmer, antiga denominação dos Cambojanos. É realmente impressionante, fazendo jus à fama de uma das maravilhas a serem conhecidas.

Detalhe de torre em Angkor Wat

Panorâmica do conjunto de Angkor Wat
O guia nos informou que todas as construções têm um significado e propósito para estarem construídas daquela maneira. Ora era para que reparássemos que todas as figuras esculpidas nas paredes representando o bem (são milhares) estavam olhando para uma mesma direção, ora para que víssemos que as que representavam o mal olhavam na direção contrária. Explicou também que a janela do quarto do soberano era posicionada na direção, de maneira que ele fosse o primeiro a visualizar o sol do equinócio e assim por diante .

A cidadela

No detalhe, as Upsaras, bailarinas sagradas.
Depois de 03 hs de uma visita resumida, pedalamos, entre florestas e desviando dos macacos, para o nosso segundo destino Angkor Thon . Cruzamos o portão que dava acesso ao segundo conjunto, e logo estávamos dentro do principal edifício, o “Bayon”. Aqui, tenho que registrar a maravilha que são as paredes dos templos, todas elas esculpidas com cenas retratando o cotidiano da cidade.

habitante local

Portão Sul Angkor Thon

Monges em visita ao templo

Bayon


Detalhe dos muros
Os templos eram relativamente perto, então deixamos as bicicletas e trilhamos a direção sugerida. Tudo é grandioso e belíssimo: o “terraço dos Elefantes” e os jardins de “Lepper King”.

Terraço dos Elefantes

Jardins de Lepper King
Acabamos a visita no meio da tarde quando o temporal diário já estava se armando. Nesta época chove todos os dias, religiosamente, variando apenas o horário. Ainda tínhamos no roteiro do dia a visita ao “Tah Prom”, o templo retratado em Tomb Rider. No caminho a chuvarada nos pegou e chegamos completamente ensopados.
Ali é difícil não pensar em Indiana Jones ou coisas do gênero. A combinação das árvores centenárias enroscadas nas paredes dos templos cria uma atmosfera indescritível.



Cansados de tanto clicar, pois para cada lugar que olhássemos havia algo p/ fotografar, iniciamos a volta ao hotel. O calor conseguia ser ainda maior após a chuva. Foram aproximadamente 30 Km de pedaladas e chegamos ao hotel aos pedaços. Nada que uma boa piscina e uma massagem não recuperassem. Aliás, é impossível viajar para estes lados e não virar fã de massagem. São baratíssimas comparadas com os preços no Brasil e tem opções para todos os gostos .
No dia seguinte, seguimos o mesmo roteiro, visitando diferentes templos. A distância era maior, mas estávamos mais acostumados. Visitamos o “Preah Khan”, antiga cidade e universidade Budista, onde os arqueólogos mantiveram a vegetação entre os templos, deixando o clima ainda mais cenográfico. Na volta, paramos noutro conjunto localizado no alto de uma colina, onde as pessoas costumam subir no dorso dos elefantes para apreciar o pôr do sol.

Único templo com colunas redondas / Preah Khan

Preah Khan

Preparando p/ subir
Não tivemos sorte, pois o temporal diário coincidiu com nossa visita e só visualizamos as pesadas nuvens descarregando água por tudo. Repetimos a sequência piscina e massagem e à noite pegamos um “Tuk – Tuk” para conhecer a culinária típica. Pedimos o “Camboja Tasting”, um prato com seis variedades de comida que faz um bom apanhado da cozinha local. A comida é uma mistura da Tailandesa que conhecemos com a Vietnamita e influências locais. Tudo com muito curry e pimenta.
Outra dica, se você não for um apreciador da comida muito codimentada, peça sempre - not spicy. Ainda assim, é bom ter uma garrafa d’agua por perto .

No último dia aqui (nosso vôo saía p/ Phnom às 13:00 h) levantamos cedo e fomos conhecer o mercado da cidade. É uma mistura de cheiros e sabores, plus uma versão mais quente e úmida de Ciudad del’ Este. O artesanato é ótimo, tem tudo que se possa imaginar para enfeites de mesa, casa e esculturas. O único problema é segurar o ímpeto para não detonar o orçamento na viagem .

tuk-tuk

Mercado de Siem Reap
No próximo post, falarei mais do povo, costumes e também da visita que fizemos aos Killing Fields.
Minha tarefa aqui foi inglória, pois por mais que queira sintetizar a descrição dos templos e a atmosfera do lugar, não conseguirei transmitir mais do que uma pálida idéia da impressão que tivemos no local .
Boa Viagem para todos .
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