Agora que vem a baixa estação – na Europa nem tão baixa assim –, o FACEiro Maicon, que, segundo ele, pretende se tornar um viajante, me faz uma pergunta.
Primeiro de tudo, siga em frente e pergunte o que quiser, e, se eu não souber, vou responder: “não sei!”.
Quanto à sua pergunta, ela tem lógica. Teoricamente, funciona, mas, na prática, é coisa para super-homens. Dormir em trens, sem as “couchetes”, dá para fazer uma noite. Depois da segunda, o corpo quer descansar, e as camas a bordo custam o mesmo que um hotel de duas estrelas. Portanto, o que sugiro é que reduza o seu roteiro e desfrute mais as cidades.
Sei da ansiedade da primeira viagem, mas você é jovem, e a Europa vai continuar à sua espera para mais viagens. Conhecê-la é uma coisa; usufruí-la é outra. E dizer aos amigos que foi é uma terceira. Trabalhar lá por um ou dois meses é viável. Já foi mais fácil, e precisa de algum conhecimento de idiomas.
Voltando ao assunto da sua primeira pergunta, quando se está maldormido, as coisas não têm graça; nada tem graça. O prazer diminui e o humor vai desaparecendo. Frequentemente, alguém diz: “pode fazer, a Europa é pequena…”.
Não é bem assim. Nós vivemos num país enorme, somos levados a acreditar, mas, por exemplo, e só como exemplo: de Lisboa a Moscou é mais ou menos como Porto Alegre – Belém do Pará – deve levar umas dez horas.
Portanto, sugiro que encurte seu projeto. Nas cidades maiores, no mínimo três a quatro dias. Evite o forte da temporada e faça as reservas em “youth hotels”. Todos têm e-mail.
Quanto a cidades? Acho que você tem que escolhê-las. Não me atrevo! Cada um tem seu interesse e a sua curiosidade.
Abraços.
Boa viagem.