Santa Catarina está prestes a perder o maior investimento da sua história, o estaleiro da OSX. Eike Batista gostaria de construir em Biguaçu um complexo que seria referência de tecnologia para o mundo, não só para o Brasil.
Já detalhou a destinação dos R$ 2,5 bilhões para a montar no Estado a Embraer da construção naval. Mas ele está desistindo dos catarinenses. E com razão. Parece ter cansado de tamanha indiferença. É o princípio básico: se não me querem, vou procurar quem me dá atenção. E os cariocas parecem bem mais carismáticos neste quesito.
Mas nada disto importa, não é mesmo? Os principais candidatos ao governo do Estado simplesmente parecem ignorar o assunto. Não se vê nenhuma movimentação. Não se escuta uma única palavra de motivação. O silêncio é sepulcral. Estão todos preocupados com os seus preciosos segundos na televisão, com o rateio dos cargos comissionados, das secretarias, das autarquias e das inúmeras outras “ias” que o Tesouro, generosamente, oferece para ser dividido entre os seus pares.
Estaleiro da OSX? Isso a gente vê depois das eleições. O importante é ganhar. Custe o que custar.
Já se vão mas de três meses de indefinições. Quanta chatice, senhores candidatos. E olha que a campanha nem começou. Aliás, torço pra que ela inicie logo.
Aí, quem sabe, poderemos ouvir e discutir propostas sobre saúde, educação e segurança. Sobre a política de investimentos no Estado. E torcer para que, até lá, a OSX não tenha desistido de vez de Santa Catarina.
Todos iremos perder, podem apostar.
Se não conseguimos nem o básico, imagina, então, sonhar com todos os candidatos assinando um pacto pelo desenvolvimento do Estado, juntando todas as forças políticas. É um desatino, eu sei. Mas não custa sonhar. Ideli, Pinho, Angela, Pavan e Raimundo, bem que poderiam tentar. Para o bem de Santa Catarina. Desculpem, esqueci, o importante são as coligações. O Estado, a gente vê depois…