Aos 48 minutos do segundo tempo, os deputados estaduais de Santa Catarina decidiram engordar um pouco mais seus dividendos, por meio do Projeto Lei nº 0391.7/2012, equiparando o auxílio-moradia pago pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao legislativo catarinense e todos os demais que já usufruem deste benefício no poder público.
Leia-se desembargadores, juízes, promotores e procuradores de Justiça, conselheiros do Tribunal de Contas e procuradores do MP de Contas.
Com a a aprovação do projeto em plenário, agora há pouco, quase mil pessoas (do judiciário ao legislativo e TCE) passam a receber R$ 4,3 mil de auxílio-moradia a partir de janeiro. Dinheiro limpinho na conta, sem tributação.
Mas o mais surpreedente ainda está escondidinho lá no meio do projeto. O pagamento é retroativo a setembro de 2011, data em que o STF instituiu o benefício. Ou seja, a partir de janeiro cada um verá pingar na sua conta uma pequena bolada. O cálculo das bancadas de oposição que votaram contra o benefício (PT, PCdoB e PDT), é de um impacto imediato de R$ 25 milhões nas contas do Tesouro.
Ah, o projeto de autoria da mesa diretora deu entrada na Casa na tarde do dia 18. Ou seja, ontem.