Policiais Civis e Militares estão reclamando que tiveram redução de salário líquido com o pagamento da primeira parcela do subsídio prevista para o dia 30 de agosto. Os valores dos contracheques estavam disponíveis para consulta no sistema do governo nesta quinta-feira, mas a confusão foi tão grande que as informações com os salários foram retiradas do ar. Oficialmente, a retirada teria sido para corrigir uma dedução de imposto de renda que estaria errada.
O Sinpol (PC) e a Associação dos Praças (Aprasc) confirmaram que foram procurados por inúmeros policiais nesta quinta para reclamar da perda salarial. A nova proposta salarial do governo para a área da Segurança Pública foi aprovada pela Assembleia Legislativa em novembro do ano passado e que começa a entrar em vigor a partir do final deste mês de agosto. A intenção era reduzir o número de horas extras e penduricalhos nos salários dos policiais, uniformizando os reajustes. Na prática, não é o que se viu.
Um agente policial com 36 anos de serviço, por exemplo, esta perdendo cerca de R$ 1.200 em seu salário, do mês de julho passado para agosto. A dúvida das entidades representativas é sobre o cálculo utilizado para o pagamento do subsídio. Há quem veja falhas no modelo.
CONTRAPONTO
O Centro Administrativo informa que não houve redução de salário. O fato é que as horas extras de julho estão sendo processadas e serão pagas em folha suplementar e estão analisando apenas o contracheque da folha disponível.
A Secretaria de Estado da Administração, a Secretaria da Fazenda e a Secretaria de Segurança Pública estão analisando as variações dos contracheques individuais ocorridas com o novo modelo de remuneração por subsídio e irão tomas as medidas cabíveis visando a garantir a irredutibilidade de salário garantida pela constituição federal.