O ministro José Eduardo Cardozo, a cúpula da Segurança Pública e o governador em exercício concederam duas entrevistas coletivas nas últimas 48 horas. Foram categóricos ao afirmar que o Estado não se curvará ao crime organizado.
Apesar do discurso forte e da transferência de pouco mais de 20 detentos para presídios federais, o que se viu em Santa Catarina neste sábado e madrugada de domingo, às vésperas da votação, foram novos atentados se espalhando pelo Estado. Já são mais de 26 municípios e 80 atentados.
O crime organizado, pelo menos até agora, não deu sinais de que pretende dar trégua.
A promessa é de formar um cinturão para sufocar a facção em Santa Catarina com estrutura e equipamentos usados durante a Copa do Mundo.
Aliás, não custa lembrar que, durante a realização do seminário técnico da Fifa, em fevereiro em Florianópolis, tivemos um reforço significativo nas ruas de homens do Exército, Aeronáutica e Marinha do Brasil.
Para garantir a segurança a um evento privado, o trabalho das Forças Armadas foi considerado exemplar.
Já passou da hora de o poder público (leia-se União e Estado) botar seu bloco na rua para valer.
Ou seguiremos assistindo, atônitos, cenas de terrorismo por toda Santa Catarina.
Afinal, se até a entrevista coletiva do ministro, mesmo cercada por um aparato de guerra, foi invadida por um homem descontrolado, o que esperar nas ruas…