A cena tem se repetido com frequência preocupante. E escancara o cada vez mais frágil sistema de acesso à Ilha de Santa Catarina. Por dia, segundo a PM, passam cerca de 300 mil veículos nas Pontes Pedro Ivo (entrada) e Colombo Sales (saída da capital). Basta um incidente que bloqueie uma das pistas logo ao amanhecer, como aconteceu nesta sexta-feira, e tudo para.
Literalmente.
Recentemente, dia 29 de outubro, foi um engavetamento envolvendo carros e dois ônibus, com vários feridos. Por conta do eficiente resgate, o caso terminou sem vítimas fatais. Mas o congestionamento invadiu o Centro da cidade, se estendeu pelo Sul e até alcançou a SC-401.
Recentemente, foi um caminhão-betoneira que ficou um tempo quebrado na Pedro Ivo. Batata. Ninguém entra e ninguém sai da Capital. As bruxas de Franklin Cascaes estão avisando…
Estamos no limite.
E como nada nada tem sido feito, na prática, para melhorar a mobilidade urbana, ao menos que se pense em uma estrutura de pronta resposta na cabeceira das pontes. Um guincho no local, como outrora já existiu, talvez fizesse toda a diferença. O que não dá é deixar milhares à mercê desta total falta de planejamento.
Porque hoje, basta tombar alguns sacos de cimento na alça de acesso à Ilha e decreta-se um “parou geral”. E ninguém dedica 5 minutos a explicar a confusão. A questão da mobilidade urbana definitivamente parece ser muito cimento pro caminhão do poder público.