Cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça. Em uma semana já são dois ônibus incendiados na Grande Florianópolis, mas a Polícia Militar insiste em dizer que são fatos isolados sem relação com uma eventual onda de novos ataques. O último foi na madrugada de sexta-feira, em Palhoça (foto). No mesmo dia, um posto da PM em Campo Alegre foi fuzilado por ladrões enquanto a outra parte da quadrilha explodia o caixa eletrônico do banco, no pequeno município do Planalto Norte, bem ao lado do posto policial.
Cobertor curto
Não precisa ser especialista em segurança pública para apontar a falta de efetivo como o maior problema da área em Santa Catarina. A Polícia Militar até tem formado novos soldados, só que o número de baixas segue quase na mesma proporção Mas desesperador está o quadro da Polícia Civil. A instituição ruma para o colapso por falta de pessoal, com apenas 40% do número ideal. A investigação, prerrogativa da PC, desapareceu, salvo uma ou outra equipe das DPs especializadas. Sem falar na desmotivação que tal cenário gera.