Três agentes do Gaeco estão neste momento na Câmara de Vereadores conferindo material nos registros de máquinas copiadoras e copiadoras.
A intenção é verificar toda a lista de documentos impressos. O ato faz parte daoperação Falsa Impressão. A força tarefa ficou no prédio entre 17h e 18h45min e fez fotos de impressoras em todas as salas e gabinetes da Casa.
Por coincidência, nesta terça completam-se exatos seis meses desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Ave de Rapina, envolvendo vereadores, servidores públicos e empresários.
O Senado vai realizar uma sessão especial para homenagear a memória do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), morto no último domingo, vítima de um infarto. A data da sessão ainda será marcada.
O requerimento, de autoria do senador Dário Berger (PMDB-SC), foi aprovado na sessão da tarde desta terça-feira.
O senador Magno Malta (PR-ES) definiu a morte de Luiz Henrique como uma perda para Santa Catarina e para o Brasil. Malta lembrou que o ex-senador era um democrata, que lutou contra a ditadura.
Para o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), Luiz Henrique sempre atuou buscando novos rumos para a sociedade brasileira, com firmeza e capacidade.
- Era um grande companheiro e um grande brasileiro, que eu aprendi a admirar ainda muito jovem – disse Eunício.
Todos os parlamentares que pediram aparte para falar de Luiz Henrique também destacaram seu projeto de descentralização implantado em Santa Catarina.
O senador Lindberg Farias (PT-RJ) chegou a comentar que o país deveria adotar o mesmo modelo de descentralização, uma referência para o país.
Completou nesta terça-feira, 12 de maio, 29 anos de um dos episódios mais marcantes na historia da comunicação em Santa Catarina: a invasão do Soldado Sílvio Roberto Vieira nos estúdios da TV Cultura, nos altos do Morro da Cruz, durante apresentação do programa Terceiro Tempo, comandado por Roberto Alves.
Ao invés de gols, clima de filme policial ao vivo na Florianópolis de 1986. Na bancada também estavam Hélio Costa, Miguel Livramento e convidados.
O PM invadiu com revólver em punho o programa. Bastante alterado, reclamava das promessas não cumpridas pelo governo, do baixo salário e das más condições de trabalho.
Mesmo em meio a tensão, Alves exerceu toda a sua habilidade de comunicador e começou a puxar conversa com o agressor.
Papo vai, papo vem, já saiu até uma entrevista sobre a Polícia Militar. Quando se deu conta, o soldado Silvio já estava sentado na bancada com microfone em punho.
Minutos depois foi rendido por outro policial e saiu dali preso, mas o episódio entrou para os anais do jornalismo catarinense.
O ex-PM Sílvio, além de ter sido expulso da corporação, cumpriu pena e continuou sofrendo com seus pedidos de aposentadoria negados com regularidade. A situação só foi contornada na gestão do ex-comandante Eliésio Rodrigues, que lhe estendeu a mão.
O episódio daquele dia de fúria é contado em detalhes no livro de Paulo Brito, Dás um banho _ Roberto Alves: o rádio, o futebol e a cidade, Editora Insular (2010) .
Enquanto a imprensa catarinense dedicou cobertura especial à morte de Luiz Henrique da Silveira, os veículos de circulação nacional e portais foram quase protocolares no registro. O único “jornalão” a informar com foto no rodapé de capa foi O Globo.
Durante a conversa com o compadre Içuti Pereira, sexta-feira pela manhã, em Itapema, Luiz Henrique reafirmou sua convicção na capacidade do vice-governador Eduardo Pinho Moreira em reaglutinar o PMDB em torno do governo Colombo. A entrevista ao colunista Moacir Pereira, teria analisado LHS, foi dada quando Pinho estava no exterior, abalado pela morte da filha de um amigo em Criciúma (a médica assassinada). Ou seja, sempre é preciso analisar o contexto, disse.
Todos os envolvidos na organização do velório e sepultamento estavam preocupados com a reação da população no momento da chegada da presidente Dilma. Mas os joinvilenses deram uma aula de civilidade, respeitando o momento. Não houve vaias. Pelo contrário, até aplausos.
Bate-volta
Elizeu Mattos, prefeito de Lages, afastado do cargo, recebeu autorização da Justiça para comparecer ao velório do amigo e companheiro político. Elizeu foi líder do governo no governo LHS e travou embates memoráveis com o então oposicionista Joares Ponticelli (PP).
Nada contra o futuro senador Dalírio Beber (PSDB), afinal está cumprindo as regras do jogo. O curioso é que uma das bandeiras de Luiz Henrique era exatamente pelo fim da suplência de senador na reforma política. A última eleição disputada por Beber foi em 1998 para deputado estadual, com pouco mais de 9 mil votos.
O Visor é um mosaico de informações com foco em Santa Catarina, mas sempre atento ao que acontece no país e no mundo. Com um olhar bem humorado, o blog é a extensão digital da coluna, publicada diariamente nas páginas 2 e 3 do Diário Catarinense.
O Visor é editado pelo jornalista Rafael Martini, um sujeito movido a 90% de transpiração e 10% de inspiração.