
Raimundo Colombo reservou o início da tarde desta segunda-feira para uma entrevista aos veículos do Grupo RBS. À vontade e bem humorado, lamentou o grau de pessimismo provocado pela crise econômica e o clima político instável do país, mas repetiu várias vezes que Santa Catarina está fazendo a sua parte: “Já tive muitas dúvidas e inseguranças lá atrás, mas hoje posso dizer que nosso governo tá show, porque temos informações e tecnologia para acompanhamento de todos os processos praticamente em tempo real”.
Como comparação, disse que pretende investir R$ 3 bilhões no Estado até o final do ano, enquanto a inciativa privada ficará em torno dos R$ 2 bilhões. “Estamos fazendo a nossa parte para a roda da economia girar. Esse é o nosso papel”.
Colombo aproveitou para confirmar o pagamento da primeira parcela do 13º salário ao funcionalismo público dia 17 de julho e a decisão de cortar 300 cargos comissionados, sendo mais de um terço só nas secretarias de desenvolvimento regional.
Até mesmo diante de temas espinhosos como a reforma da Ponte Hercílio Luz e o efetivo da Segurança, não demonstrou qualquer desconforto.
Disse que só aguarda a resposta dos norte-americanos para a segunda etapa da obra e conta com sinal verde da presidente Dilma para ajudar a terminar a restauração, se necessário. Quanto à falta de efetivo, lembrou que seu governo já contratou mais de 5 mil homens nos quatro primeiros anos do governo, o maior número na segurança pública, mas lamentou que por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal o novo concurso da PM e a nomeação de aprovados nos concursos da Polícia Civil seguem em banho maria, à espera de uma melhora na receita do Tesouro do Estado.
Saudade do amigo
Ao falar da morte de Luiz Henrique da Silveira, Colombo comentou sobre uma das virtudes pouco celebradas do senador: a confidencialidade, coisa raríssima no meio político. “Falávamos sobre temas delicados de interesse do Estado e nunca vazou nada”.
Rumo ao Senado
Colombo disse que pretende continuar dando sua colaboração política após o fim do seu mandato de governador, disputando uma cadeira no Senado Federal. “Estou com 60 anos e seu eu parar ficarei meio perdido, com a sensação do cachorro que caiu do caminhão de mudança.
Aliás
O governador admitiu que as eleições municipais de 2016 devem “influenciar diretamente em 2018 na relação entre PMDB e PSD. Mas fez questão de dizer que este debate está muito antecipado. “Ninguém quer saber o que vai acontecer daqui a três anos”.