Funcionários da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) reclamam que os dois caixas eletrônicos na sede foram danificados por ladrões há mais de uma semana e continuam quebrados.
Funcionários da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) reclamam que os dois caixas eletrônicos na sede foram danificados por ladrões há mais de uma semana e continuam quebrados.
A polêmica é antiga na cidade, mas pela primeira vez a Prefeitura de Florianópolis admite discutir para valer a ideia de implantar o chamado pedágio ambiental para turistas durante a temporada. Quem está à frente da proposta é o presidente da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), Marius Bagnati, após receber sinal verde do prefeito Cesar Souza Junior.
Você é contra ou a favor do pedágio para turistas na Capital? Opine!
O conceito seria o mesmo praticado em Bombinhas no Verão passado.Para detalhar o projeto, Bagnati se reúne nesta terça-feira com a prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva, às 16h30. A intenção é adotar a cobrança eletrônica de R$ 23 por veículo de visitante vindo de fora da Grande Florianópolis.
O sistema seria instalado no pedágio desativado da SC-401 (foto), na subida do Morro da Lagoa e no Rio Tavares e organizado de forma a cobrar uma única vez por temporada. Com a fotografia da placa do veículo, a fatura será encaminhada ao endereço do visitante.
Projeto de vereador prevê pedágio para turistas entrarem em Florianópolis
Pedágio ambiental de Bombinhas ficará mais caro a partir de janeiro
- Essa taxa seria paga por quem vem usufruir do patrimônio natural da Ilha de Santa Catarina e não teria nenhum impacto sobre os residentes nos municípios da Grande Florianópolis – explica. Ao contrário, diz ele, o pedágio custearia serviços extras de limpeza urbana e segurança, que hoje são rateados apenas pelos contribuintes residentes.
Os moradores seriam, portanto, compensados de alguma forma pelas dificuldades de locomoção, aumento de preços e sobrecarga de serviços públicos durante a temporada. Num cálculo rápido, Bagnatti estima que seria possível arrecadar algo em torno de R$ 9 milhões, considerando o ingresso de 400 mil veículos no auge da temporada, entre os dias 23 de dezembro e 10 de janeiro.
O recurso seria carimbado exclusivamente para coleta de lixo – neste período chega a 800 toneladas dias, diante das 600 toneladas no restante do ano -, investimento em melhorias nas praias como banheiros e chuveiros e repasse ao Estado para suplemento no pagamento das diárias de guarda-vidas e Policiais Militares.
No início do ano, quando o vereador Roberto Katumi (PSB) levantou o debate, foi bombardeado por críticas. A diferença, neste caso, é que partindo do legislativo o projeto seria inconstitucional, porque qualquer lei envolvendo mudança na arrecadação precisa ser de autoria do Executivo. Os principais empecilhos para a proposta sair do papel são o pouco tempo restante até a temporada de verão, além de depender da aprovação da Câmara de Vereadores e da parceria do governo do Estado.
Sem contar, é claro, que basta mencionar a palavra pedágio para provocar calafrios em boa parte da sociedade. Ainda mais atualmente. Mas numa coisa todos concordam: do jeito que está, não dá mais para continuar. Portanto, a simples iniciativa de propor uma alternativa para melhorar o caos em que se transforma a cidade durante a temporada, com benefícios revertidos para os próprios moradores, já merece aplausos.
O dia seguinte à Parada da Diversidade só serviu para alimentar ainda mais o ranço dos críticos ao movimento. Também pudera, o que se viu na Beira-Mar Norte na segunda-feira (07) pela manhã foi uma vergonha. Parecia praça de guerra com muito lixo acumulado ao longo da via até a tarde, justo num feriado ensolarado. Uma pena, afinal a noite de domingo foi bonita!
ALIÁS
A prefeitura tentou fazer seu papel de articuladora da economia local bancando a organização. Só não imaginava que levaria uma bola nas costas da Comcap. Some-se a isso a indiferença do secretário Tiago Silva às manifestações das 24 entidades que integram o Fórum da Diversidade. Os ativistas reclamaram muito nas redes sociais.
ENQUANTO ISSO…
Botar 15 mil pessoas na Beira-Mar para uma festa é fácil. Basta contratar uma cantora mais ou menos conhecida, meia dúzia de trios elétricos e liberar geral. Isso qualquer um faz, ainda mais com o dinheiro público. Dureza é avançar no debate sobre gênero e homofobia, justamente com as maiores vítimas do preconceito.
O diretor administrativo da Comcap, Eduardo Garcia, esclarece que nunca houve atraso de consignados que levassem empregados da Comcap à inclusão nos serviços de proteção ao crédito. Ele observa que as dificuldades em recolher o INSS são as mesmas verificadas em 77% dos municípios brasileiros. Mesmo assim, a parte correspondente à contribuição do segurado será quitada até o dia 15.
Deputado Gean Loureiro (PMDB) responde à coluna que em momento algum do pronunciamento na tribuna defendeu a paralisação, mas sim os funcionários da Comcap que recolhem INSS e FGTS todos os meses e a prefeitura não repassa aos órgãos devidos. Inclusive empréstimos consignados, que são descontados nas folhas, mas não são repassados aos bancos, fazendo com que servidores sejam inscritos no SPC, classificando o ato de apropriação indébita.
Aliás
Gean lembra que o fato de falar mais de Florianópolis é natural, já que é da cidade e foi o deputado mais votado da história da Capital.
Deputado Gean Loureiro (PMDB) subiu à tribuna da Assembleia para defender a paralisação na Comcap, a empresa que cuida da limpeza urbana de Florianópolis. No Café Sorrentino, o centro nervoso da fofoca da política na Capital, o comentário é que, depois de 16 anos como vereador, o pré-candidato a prefeito até deixou a Câmara, mas a Câmara não o deixou. Pois agora…
Funcionários da Comcap encerram greve e se comprometem a recolher todo o lixo acumulado em 48 horas
O prefeito Cesar Souza Junior subiu o tom das críticas aos grevistas da Comcap, que cruzaram os braços ontem e suspenderam a coleta de lixo. Paralisar por questões salariais ou melhores condições de trabalho é do jogo, inclusive um direito reconhecido por lei. Agora parar tudo porque o Executivo não depositou o INSS e FGTS é inédito. Ainda mais em tempos de crise econômica. Sobre os débitos, o município pode renegociar com a União, mas quem vai cuidar das 400 toneladas de lixo que não foram recolhidas em um único dia?
A propósito
Quando é que o sistema do Pró-Cidadão da prefeitura de Florianópolis vai operar mais de três dias seguidos sem cair?
Funcionários da Comcap entram em greve e suspendem recolhimento de lixo
Sindicato pressiona e funcionários da Comcap fazem greve inédita
Diretores do Sintrasen, sindicato dos servidores de Florianópolis, estão reunidos com os secretários municipais da Fazenda, da Administração e o presidente da Comcap para negociar um acordo e evitar a paralisação dos funcionários da Comcap anunciada para esta terça-feira.
Um dos principais itens da pauta de reivindicação do sindicato é para que o município quite seu débito junto ao INSS exatamente dos funcionários da Comcap.
Se não chegarem a um acerto, a tendência é de que a coleta de lixo seja suspensa.
A artista plástica Maristela Giassi selecionou 16 imagens das mais de 100 produzidas com trabalhadoras da Comcap, a maioria delas coletoras nas ruas, as margaridas. O material virou exposição fotográfica que acaba de ser aberta na Galeria Ernesto Meyer Filho, na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.
Abaixo, o maquiador Rafael e Terezinha dos Santos, que trabalha no continente.
O Visor é um mosaico de informações com foco em Santa Catarina, mas sempre atento ao que acontece no país e no mundo. Com um olhar bem humorado, o blog é a extensão digital da coluna, publicada diariamente nas páginas 2 e 3 do Diário Catarinense.
O Visor é editado pelo jornalista Rafael Martini, um sujeito movido a 90% de transpiração e 10% de inspiração.
rafael.martini@diario.com.br
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