Não era show de banda punk muito menos arrastão do carnaval de Salvador, mas é bem provável que Móveis Coloniais de Acaju seja a única banda do planeta capaz de provocar pogo e pipoca entre o público em um mesmo espetáculo.
Foi isso o que rolou ontem no Opinião, na noite comandada pela big band mais alegre do Brasil. A felicidade dos caras de Brasília extrapola o palco e se espalha entre a galera. Mas isso não basta. Os músicos gostam de testar os limites dos fãs. Após o vocalista André Gonzáles coordenar a movimentação da plateia em vários momentos do show, Xande Bursztyn (trombone) deu um mosh e preparou o povo para a famosa roda de Copacabana (veja o vídeo abaixo).
O show do Móveis Coloniais de Acaju é a melhor coisa do mundo? Não, mas chega perto!
Fui almoçar no restaurante da RBS TV e encontrei os caras do Móveis Coloniais de Acaju. Assim, do nada! A banda, vocês sabem, toca hoje no Opinião.
Conversei rapidão com o Esdras Nogueira (sax barítono) e com o Beto Mejía (flauta transversal). Eles disseram que curtem muito tocar em Porto Alegre por ser distante de Brasília e por ter uma galera “diferente”. Comentaram que acham massa dar um giro pela cidade para conhecer pessoas, comidas, cervejas, etc.
Os caras também disseram que o show que rolou no Beco no final do ano passado foi muito bom, “cheio de energia”, apesar da “pouca estrutura do local” - e já sabem que o bar foi reformado e que ficou melhor. Mais: acharam legal o fato do Opinião ser maior – para eles e para o público.
O show de hoje deve misturar o repertório dos discos Idem e C_mpl_te e será semelhante ao espetáculo que virou DVD, marcado para sair em junho. Na verdade, a banda costuma variar o setlist dos shows conforme cada cidade. Os caras procuram descobrir as preferências do público e, assim, definir a lista de músicas.
E o Esdras mandou uma dica: pula no site da banda e confere os vídeos do projeto AGORA ou pra VIAGEM?, nos quais os músicos falam com a galera sobre as cidades pelas quais o grupo passa.
O Interpol liberou o download da nova música Lights. Mais de cinco minutos reverberações, sonoridade soturna e guitarras sufocantes.
O novo álbum, gravado em 2009, deve sair em alguns meses. No ano passado, o baterista Sam Fogarino disse que o disco será semelhante ao debut, Turn on the Bright Lights (sobre isso você já leu aqui), mas que Daniel Kessler conseguiu obter novos tons para sua guitarra…
No final do ano passado foi divulgado que Johnny Marr havia sido convidado para fazer a trilha sonora do filme The Big Bang, com direção de Tony Krantz, roteiro de Erik Jendresen (de Band of Brothers), e com Antonio Banderas, Delroy Lindo, Sam Elliott, William Fichtner e Snoop Dogg no elenco. Agora, a NME publicou um vídeo com uma entrevista com o ex-guitarrista dos Smiths (atual The Cribs).
Marr disse que fez um lance “atmosférico” seguindo uma linha Warp (selo de Aphex Twin, Grizzly Bear, Boards of Canada…), com guitarras soando “eletrônicas”, e que deixou de lado as orquestrações óbvias comuns a trilhas de filme.
Putz… Banderas é pra matar. Canastrice em nível máximo. E o filme parece ser uma bizarrice sem fim: detetive (Banderas) procura stripper desaparecida e entra em uma espiral noir que o leva a uma trama que envolve um boxeador russo, policias de LA e um bilionário que tenta recriar o Big Bang. Hããã…. sem comentários. Mas Marr é semideus, por isso merece atenção. Filme e trilha saem ainda neste ano.
Não tá rolando o embed do vídeo da entrevista. Veja aqui.
A banda norte-americana Girls, da música Lust for Life, será a principal atração do Popload Gig 3, que passará pelo Estúdio M, em São Paulo, no dia 10 de junho, pelo Beco, em Porto Alegre, no dia 11, e pelo Circo Voador, no Rio de Janeiro, dia 12.
O disco de estreia dos caras da Girl, Album, saiu no ano passado. Além deles, toca no Popload Gig 3 a banda MEN, formada por JD Samson e Johanna Fateman (ambas eram da explosiva Le Tigre).
Uma banda brasileira abrirá a noite e DJs fecham a programação. O preço dos ingressos ainda não foi definido, mas devem começar a ser vendidos até 20 de maio.
Curte The National, aquela banda legal composta pelos gêmeos guitarristas Bryce e Aaron Dessner, pelos também irmãos Bryan (bateria) e Scott Devendorf (baixo) e pelo vocalista Matt Berninger? Então pula no New York Times para ler um texto sobre eles e para escutar o novo High Violet na íntegra. Bloodbuzz Ohio você já ouviu aqui…
É impressionante o clipe dirigido por Romain Gavras para a música Born Free, de M.I.A. Num mundo improvável, militares (paramilitares? polícia? forças especiais?) com a bandeira dos Estados Unidos estampada no uniforme caçam e abatem grupos de jovens ruivos. O vídeo traça um paralelo crítico ao que ocorre com não-ruivos de todas as raízes em conflitos étnicos de diversas regiões pelo mundo.
Romain Gavras é filho do diretor grego Constantin Costa-Gavras, um dos autores mais politicamente ativos do cinema. Seguindo os passos do pai, Romain já meteu o pé na porta do conformismo ideológico diversas vezes, como nos polêmicos clipes de Stress, do duo Justice, de I Believe, do Simian Mobile Disc e de Pour Ceux, da Mafia K1 Fry. Ele também dirigiu o DVD A Cross The Universe, do Justice.
O vídeo já caiu no youtube, mas foi deletado nos Estados Unidos, pelo que consta. Veja:
A vocalista do (atualmente parado) Stereolab, Laetitia Sadier, fará shows em Porto Alegre no dia 25 de abril e em São Paulo no dia 28. Boa chance para escutar ao vivo uma das vozes mais marcantes do indie dos anos 90.
Francesa, Laetitia formou o Stereolab com Tim Gane em Londres em 1991 sintetizando uma mistura improvável de pós-rock atmosférico com lounge, krautrock, lo-fi, chanson française électronique analógica sessentista, space rock cabeça e discurso revolucionário. Pois é, o lance é eclético… mas soa único!
A banda tornou-se rapidamente conhecida no underground pelo disco de estreia, Peng!, e pela coletânea Switched On (ambos lançados em 1992), além dos ótimos The Groop Played “Space Age Batchelor Pad Music” (1993), Emperor Tomato Ketchup (1996) e Dots and Loops (1997).
Cantora e instrumentista, Laetitia sempre apostou em parcerias. Já em 1996, gravava com Rosie Cuckston material do projeto paralelo Monade, pelo qual lançou discos a partir de 2003. Mas, no ano passado, fez o seu último show como Monade. A partir de então, passou a usar seu nome para assinar novas composições. Outras contribuições rolaram com Blur, Luna, High Llamas, Mouse on Mars, Atlas Sound e Momotte.
No ano passado, o Stereolabanunciou um hiato após 19 anos de estrada. No show em POA, Laetitia poderá assumir teclado, percussão, violão e trombone. Seria massa ouvir um pouco de tudo que ela já fez.
Porto Alegre 25 de abril, às 17h Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1028) R$ 10
São Paulo 28 de abril, às 21h Teatro do Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141) R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) e R$ 7,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
Já viu o vídeo de Plundered My Soul, a nova música dos Rolling Stones? A faixa é sobra da edição original de Exile on Main St. (1972) e estará na nova versão do álbum, que sai no dia 18 de maio.
E a Amazon já liberou trechos de 30 segundos das dez faixas extras da reedição de Exile..., com Keith Richards nos vocais de Soul Survivor.
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