O show da banda indie eletrônica australiana Cut Copy, dia 19 de outubro, no Opinião, em Porto Alegre, será também o preview do M/E/C/A/ 2012, festival que neste ano levou Vampire Weekend e Two Door Cinema Club à praia de Altântida (leia aqui). A data e as bandas do M/E/C/A/Festival 2012 ainda não foram divulgadas.
O Cut Copy estava com a turnê brasileira marcada para junho, mas cancelou devido à erupção do vulcão chileno Puyehue. Os shows divulgam o disco Zonoscope, lançado no início de 2011. No palco, baixo, guitarra, bateria e sintetizadores. Na platéia, festa.
Depois de POA, a banda segue para São Paulo (dia 21) Rio (dia 22).
If I Had a Gun, música de Noel Gallagher que estará no primeiro disco solo do britânico, High Flying Birds, foi divulgada no site da rádio norte-americana KROQ. A faixa segue o padrão Noel de qualidade, sem mais nem menos.
O clipe de The Death of You and Me você já viu aqui. O álbum deve ser lançamento dia 17 de outubro.
A banda The Drums liberou o primeiro de uma sequência de vídeos que divulgam o segundo disco, Portamento. A série se chama Visiomento. Neste, os caras tocam What You Were, um rock rápido, excitante, com bateria urgente e guitarra Smiths nota 10. Portamento sai dia 5 de setembro.
Lana Del Rey – Video Games Da série “mulheres no vocal”: Lana Del Rey é como a cantora e compositora Lizzy Grant prefere ser chamada. Direto de NY, Lana emite esta Video Games, uma balada pop nostálgica, sexy e triste, orquestrada em piano e cordas. Tipo amor aos pedaços. Totally heartbreaking. A música é tão bela quanto algumas preciosidades de Fiona Apple ou Tori Amos. A letra é genial, a voz é um veludo e ela, lindíssima. O clipe é também perfeito. Uma versão dele, por sinal, foi removida da internet por uso indevido de imagens. Lana já definiu a si própria como “gangsta Nancy Sinatra” e suas músicas como “Hollywood sadcore”. Impossível descrever melhor.
Aqui, na ótima Kinda Outta Luck, Lana apresenta uma pequena tragédia de mulher fatal:
Lana me pegou. Estou completamente apaixonado. O single sai dia 10 de outubro. Ficha 1 aqui!
James Blake & Bon Iver – Fall Creek Boys Choir
Nada menos do que genial a experimentação indie-folk-eletrônica-desconstrutiva do músico James Blake e da banda Bon Iver, de Justin Vernon. Etéro, sombrio, melancólico, visionário, sentimental, livre de amarras. Mas é um som restrito a quem transita nos becos mais escuros do Lado B da música pop até de olhos vendados. Fall Creek Boys Choir estará disponível para download no iTunes na segunda-feira (29).
Arctic Monkeys – Don Valley Bowl Trailer Prediletos do Volume, os caras do Arctic Monkeys liberaram este trailer com imagens de shows feitos em Sheffield. As gravações devem virar um DVD ao vivo. Suck It And See, quarto álbum de estúdio, saiu em junho. A nova turnê mundial deve começar em outubro. A banda anunciou que não deve voltar aos estúdios até 2013. O clipe de The Hellcat Spangled Shalalala você viu nas Tracks #4. Veja o trailer abaixo:
Covergirl - Paris Burns Orientados pelo pós-punk inglês, esses britânicos têm um senso eletrônico disco-punk formidável, que lembra o espírito do Klaxons. Talvez você nem lembre deles amanhã, mas hoje vale a pena escutar.
The War On Drugs – Come To The City
Tem uma ambientação épica, com teclados, guitarras e bateria em rotação contínua. A voz de Adam Granduciel aproxima a música Come To The City ao clássico rock americano e a criadores como Bob Dylan e Bruce Springsteen, mas com um senso folk etéreo mais aguçado. O disco da banda The War On Drugs, Slave Ambient, já saiu.
No Ceremony – Hurtlove
A faixa Hurtlove, do No Ceremony, você lembra, foi destaque das Tracks #9. Na época tinha apenas o mp3. O clipe saiu há poucos dias.
Tiësto - Maximal Crazy
Diz que Tiësto está fechando sua turnê pelos festivais do verão europeu com esta Maximal Crazy. O single deve ser lançado em breve por seu próprio selo, Musical Freedom. Mais: na próxima semana ele lança In The Booth, uma série de episódios produzidos para a web. Serão quinze capítulos. Em cada um deles, o DJ vai mostrar a sua vida na estrada, em clubes e em festivais. O material estará no site www.tiesto.com.
Skrillex - Right Here
Caiu na rede a versão oficial de Right Here, o novo som do novo gênio do dubstep, Skrillex. Mas assim como vazou, foi removido. Achei essa versão SoundClaud e, abaixo, o vídeo de um show realizado em julho.
BBQ - show em Porto Alegre Mark Sultan, aka BBQ, volta a Porto Alegre para um show neste domingo, dia 28, às 18h, no Santander Cultural. Ingressos a R$ 10,00. O bluseiro roquenrrol se apresenta sozinho com bateria e guitarra. O cara já lançou mais de 20 discos. Parte do repertório ele apresentou na capital gaúcha em 2004, no Ocidente, em um show com Jazzie & os Vendidos, a banda formada por Clarah Averbuck e ex-integrantes dos Sellouts (grupo paulistano de garage punk). O show foi muito massa, mas tinha pouca gente.
Gotye - Somebody That I Used To Know
É do australiano Gotye a ótima Somebody That I Used To Know, com sample do brasileiro Luiz Bonfá tocando Seville e com participação da neozelandesa Kimbra. Com letra excelente e um clipe simples e bonito, o single já atingiu o topo das paradas australianas. A música está no terceiro álbum do cara, Making Mirrors, que saiu no último dia 19. O álbum ainda tem outra inspiração brasileira: na faixa I Feel Better, ele sampleia Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.
Charlotte Gainsbourg encontra suas réplicas imaginárias em um prédio-garagem no clipe de Terrible Angels. E a coisa acaba mal pra ela. Mas só no vídeo. Na vida real, tudo vai bem. A música é ótima. Tem produção do Beck e será lançada em um EP de mesmo nome no dia 6 de setembro.
Além de Terrible Angels, o disquinho terá a música inédita Memoir, a faixa título em versão ao vivo, um cover de Just Like A Woman, de Bob Dylan, e dois vídeos: o de Terrible Angels, que você vê abaixo, e outro para Just Like A Woman.
O disco duplo Stage Whisper deve sair no dia 8 de novembro. Terá 11 gravações ao vivo e sete composições inéditas.
A banda Dingo Bells liberou ontem o clipe da música Lá vem ele, gravado ao vivo no Ocidente no dia 19 de maio de 2011. Rodrigo Fischmann (bateria e voz), Felipe Kautz (baixo e voz) e Diogo Brochmann (guitarra e voz) ganham apoio de Rodrigo Trujillo (órgão) e Jaime D. Freiberger (trompete) para uma formação quase mariachi. A direção e a edição são de Roberto Burd.
E o trio Pata de Elefante também liberou um novo clipe. Na animação da música Pesadelo no Bambus, a banda toca dentro do ralo do banheiro do bar de mesmo nome.
O calendário de shows indicados pelo Volume em 2011 foi atualizado com Cut Copy (Austrália), Down & Loaded (as bandas de Phil Anselmo - ex-Pantera – e Duff McKagan – ex-Guns’N’Roses – respectivamente; EUA), Festival Setembro Negro [reunindo Ragnarok (Noruega), Belphegor (Áustria) e Exterminate (RS)], Funk Como Le Gusta, Baile Psicodélico (com Arnaldos e El Rey), Galgos, Tributo Tim Maia, Darma Lóvers, Pata de Elefante, Noite Senhor F (com Beto Só, Ian Ramil e Diego Lopes + Bebop), Coronéis da Vicente + Nocet, e Overaw.
Além deles, já estavam cadastrados na agenda Primal Scream (UK), Pearl Jam (EUA), Eric Clapton(UK), Ringo Starr (UK), Metronomy(UK), Reel Big Fish (EUA), Teatro Mágico, Velhas Virgens, Matanza, além do Festival Açaí Musical com (John Butler Trio, da Austrália, Cachorro Grande, Móveis Coloniais de Acajú e Gustavo Telles & Os Escolhidos).
Fucked Up – The Other Shoe Fucked Up, o grupo canadense pancada que curte um pós-hardcore barulhento e um punk hipster situado muito além dos três acordes é também um dos live acts mais fodásticos da atualidade. O lance é radical mesmo. Não é raro o vocalista Damian Abraham se ferir (propositalmente ou não) até sangrar durante shows. O fato é que a banda acaba de lançar este lindo clipe para a música The Other Shoe. O diretor Matt Eastman criou um triângulo enigmático de dar inveja a muito cineasta colocado. A faixa está no disco duplo conceitual David Comes to Life. O primeiro clipe é igualmente marcante – aquele da professora from hell (veja aqui).
Weekend – Hazel
Quando Joy Division, Cure, Echo, Smiths e My Bloody Valentine se encontram na mesma música é porque você está escutando Hazel, da banda Weekend, de San Francisco.
TV Girl – Baby You Were There
Você que não viveu nos anos 50 nem 60 pode ser transportado diretamente pra lá com Baby You Were There, uma canção pop perfeita, leve, harmônica, romântica. Tipo grupo vocal dos Anos Dourados, mas ainda assim contemporânea, com uma batida atualizada por sequenciadores. A vida parece extraordinariamente boa e simples quando se escuta algo assim. Pena que o clipe é fraco. Enfim, o já essencial EP Benny and the Jetts, do TV Girl, você escuta e baixa aqui.
Lotus – The Surf
A banda de electro jazz e indie rock, que curte instrumental e jam sessions, extrapola seus limites em The Surf, uma pequena pérola pop à base de ótimas guitarras, teclados disco e elementos eletrônicos bem de canto. Alto atral. O álbum homônimo sai dia 13/09.
Widowspeak – Harsh Realm Cowboy Junkies e Cat Power feelings nesta Harsh Realm, da nova banda Widowspeak (do Brooklyn, NY). Guitarras doloridas, bateria cadente, voz de veludo. Tipo perfeito. O álbum de estreia, homônimo, já tá na área.
Os nacionais preferidos do Volume liberaram La Liberación nesta semana. O novo disco veio turbinado. Mais guitarra (até baiana, ou do algo tipo…), mais eletrônica, mais vocal cool de Lovefoxxx, mais mistura latina, espanhol capenga, indie descolex, sax, piano, teclados vintage, technobrega e segue a lista… Tem boas parcerias também: o single Hits Me Like a Rock, com Bobby Gillespie no vocal, é um reggae-calipso-eletrônico que poderia tocar em um karaokê trash qualquer. Saiu em junho e foi destaque das Tracks #2. Além de Bobby, tem Cody Critcheloe (da banda norte-americana SSion) na faixa City Grrrl, e o duo de música eletrônica Ratatat na música Red Alert. La Liberación será lançado dia 29 de agosto, mas caiu inteiro no site da Spin.
Little Dragon – Gypsy Woman (She’s Homeless)
É massa esse cover que a banda Little Dragon fez para Gypsy Woman (She’s Homeless), o superclássico clubber da cantora Crystal Waters, de 1991, que bombou forte na noite de POA na época.
Ninjasonik – Moshpit (feat. The Partysquad)
Pra quem curte festa disco-rock-maximal-break-descolex, um som tipo esse Mosh Pit, do Ninjasonik, não é nenhuma novidade. Se você já viu Edu K, Chernobyl, The Twelves, Killer on the Dancefloor então, pffff. Na real, muito DJ de vinil faz isso ao vivo sem menores problemas. Mas o caso não é esse. O lance sobre Moshpit é simples: MUITO bom! So play it loud!!
The Naked And Famous – The Sun
A banda neo-zelandesa The Naked and Famous, uma das “Sound of 2011″ da BBC, lançou nesta semana o vídeo para a música The Sun, do seu álbum de estreia, Passive Me, Agressive You. O clipe, um dos mais sensuais do ano, é dirigido pela dupla Joel Kefali e Campbell Hooper (assim como todos os outros clipes da banda). O electro doce e hypado do hit Young Blood passa longe dessa faixa, a mais lenta e intimista das quatro músicas lançadas até agora. O vídeo mostra um casal no maior clima, em slow motion, e em meio a uma explosão de sentimentos e nudez, explorando sobreposições, cores, texturas, contrastes e brilhos.
O maior adversário de Lanterna Verde no filme que estreia nesta sexta é o próprio roteiro do longa. Green Lantern luta contra um script vilão, mas perde feio. E não apenas ele. Nós perdemos também.
Com uma história fraca, o grande personagem criado por Martin Nodell e interpretado por Ryan Reynolds é refém de ideias vazias, personagens rasos, elenco frágil, soluções fáceis e um 3D sem sentido. Nem os bons efeitos visuais da obra salvam a pele do herói no filme dirigido por Martin Campbell.
Num resumo relâmpago: o universo é mantido em ordem pela Tropa dos Lanternas Verdes até que uma entidade do mal (Parallax, que mais parece um polvo cósmico de fumaça) mata um de seus integrantes e passa a ameaçar o equilíbrio intergaláctico e o Planeta Terra. Céus! Quem poderá nos defender? O novo membro recrutado, o humano Hal Jordan (Reynolds), claro! E assim ele o faz, não sem antes passar por uma crise de consciência da qual sai com apoio da namoradinha Carol Ferris (Blake Lively), óbvio.
E qual o problema de tudo isso? A mesmice e a falta de coragem (de roteiristas, produtores e do diretor) em fazer um filme um pouquinho melhor. O longa segue fraco até a metade, com a tradicional iniciação do herói em seu novo ofício. Só que cada nova descoberta feita pelo protagonista acerca de sua nova função no universo se dá de forma muito volátil, marcando claramente a limitação de Reynolds em compor seu personagem.
Um exemplo entre vários: quando Hal encontra o alienígena de quem assumirá o lugar, em sua nave colidida na Terra, a cara do personagem é a mesma de quem olha um pão com manteiga no café da manhã. Quer dizer, o ator/personagem está vendo uma nave e um alien na sua frente e o máximo que consegue fazer é um olhar vazio, de quem está esperando o diretor gritar “corta!” no set de filmagens? Por favor! Atuação inócua, sem emoção, sem brilho…
Já o romance entre Hal e Carol é pífio, sem um enlace efetivo, sem tensão sexual, nada. Nem o sex appeal dos atores salva a relação. Nem mesmo a cena que emula a clássica visita de Superman a Lois Lane (veja aqui) dá fôlego aos dois. O amor adolescente que há em Super-8 é mil vezes mais instigante.
As péssimas atuações atingem até mesmo Tim Robbins (senador Hammond, esquecível), Mark Strong (Sinestro, canastrão) e Angela Bassett (atriz respeitável, que na pele de uma cientista não tem muito a oferecer).
O destaque fica com o excelente Peter Sarsgaard (acima), que vive o vilão Hector Hammond, filho do político interpretado por Robbins que tem papel fundamental na trama. O fracasso, a tragédia, a inveja e a paranoia propostos por Sarsgaard invadem a tela a todo momento. Um segundo do sorriso sarcástico do ator como Hector valem muito mais do que a atuação de Reynolds em todo filme.
O longa melhora um pouco do meio pro fim (afinal a pancadaria vai começar!), apesar da absurda cena em que Hal dá uma lição de moral humanista a um grupo formado por seres extraterrestres imortais. Não poderia ser mais ridículo. A esta altura fica claro que o longa (e o público) não têm salvação.
Mas nem tudo está perdido. Lanterna Verde é muito melhor que Capitão América, para comparar com um filme de super-herói recente. Capitão América é tão ruim, mas tããããão ruim, que eu nem publiquei algo aqui no Volume.
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