Biophilia, o oitavo disco de estúdio da Björk, está online no site da NPR Music. O novo da cantora islandesa chega às lojas no dia 10 de outubro em CD e vinil e também terá uma versão em aplicativos interativos para cada canção no iPad.
Eu? Não, ainda não escutei o disco na íntegra, mas não fiquei muito feliz com o material que já foi liberado: você viu o clipe de Moonaqui e o de Crystalline (dirigido por Michel Gondry) aqui.
No final do ano passado, uma música da Björk foi inserida no filme To Lee, With Love, Nick, dirigido por Nick Knight em homenagem a Alexander McQueen. Veja aqui.
Björk liberou o clipe de Crystalline, música que você escutou nas Tracks #3. Aquela que começa pé no saco e depois fica boa. O vídeo foi dirigido por Michel Gondry, parceiro da islandesa em clipes como Human Behaviour, Army of Me, Isobel, Hyperballad, Jóga, Bachelorette e Declare Independence. O resultado é irregular como a própria música. Crystalline está no álbum Biophilia, marcado para 26 de setembro.
A música de Björk para o filme To Lee, With Love, Nick, dirigido por Nick Knight em homenagem ao designer de moda Alexander McQueen, que cometeu suicídio no início do ano, soa como uma marcha fúnebre cool.
A faixa é orquestrada, baseada em instrumentos de sopro e no vocal único da cantora islandesa. A música vai crescendo aos poucos, assim como o ritmo das imagens, ganha peso lentamente e passa a soar como uma marcha fúnebre cool ao seu final. Sensível e elegante, o curta abaixo é uma obra de arte digna de um criador do quilate de McQueen (veja algumas peças aqui).
Björk, a artista cult com um dos maiores índices de rejeição por pixel quadrado nas interwebs (e fora dela também) e Dirty Projectors, banda queridinha da descolândia global, estão juntos no EP Mount Wittenberg Orca, marcado para 30 de junho.
O ponto de partida da parceria foi um show beneficente realizado na Housing Works Bookstore Café, em Nova York, em 2009. As sete músicas foram gravadas em abril passado no estúdio Rare Book Room, no Brooklyn.
O teor do material é cabeça e ambientalmente correto: Amber Coffman, guitarra e voz do DP, ficou abalada quando avistou um grupo de baleias do alto do Monte Wittenberg, ao norte de São Francisco.
As sete faixas de Mount Wittenberg Orca duram 20 minutos juntas. São cheias de vocalizações. Ou seja, um pé no saco pra que não gosta de nhenhenhém musical. O EP será vendido apenas pela internet neste site por US$ 7. A verba será revertida a um projeto de criação de áreas de proteção marinha internacionais gerenciado pela National Geographic Society. A cantora islandesa já havia trabalhado com a National Geographic em 2008 durante o Náttúra Concert, ao lado de Sigur Rós.
Tracklist:
Ocean On and Ever Onward When the World Comes to an End Beautiful Mother Sharing Orb No Embrace All We Are
Preocupada com a atual situação econômica da Islândia, a cantora Björk resolveu ajudar seu país. Politicamente engajada, ela será representante de um fundo monetário de risco para ajudar empresas que tenham como diferencial responsabilidade social e ambiental.
Segundo o site G1, o fundo foi criado pela cantora e a empresa Audur Capital – empresa comandada somente por mulheres. O plano é obter € 9 milhões com novos investidores. Até o momento, o fundo angariou € 600 mil.
Parte da música Nátturá, de Björk com backing vocals de Thom Yorke, do Radiohead, já está online. O site da cantora diz que a versão completa da música estará online apenas no próximo dia 27 (ou antes, se vazar na íntegra). O single em CD é do selo One Little Indian.
A canção foi composta especialmente para o Nátturá Campaign, um projeto de cunho ambiental sobre o uso consciente de recursos naturais na Islândia. Saiba mais sobre isso no site http://nattura.info/ ou no site da cantora. Você também pode escutar a faixa aqui.
Não poderia haver cenário melhor para uma apresentação da interminável tour que promove o colorido Volta. A bonequinha islandesa ornamentou o primeiro dia do tradicional festival português Sudoeste, que acontece anualmente na costa alentejana do país, bem ali, em algum ponto entre o nada e o mar. Como atrações principais, foram arrastados ainda para o meio do mato Franz Ferdinand, Goldfrapp e Chemical Brothers. Ah, e Vanessa da Mata.
Entre aparatos tecnológicos e bandeiras de lugar nenhum, soavam as batidas arquitetadas sob medida por Timbaland. Vestida com uma espécie de manto, fazendo alusão a alguma divindade qualquer, Björk Guðmundsdóttir anunciou sua invasão ao palco do Sudoeste. Durante a execução de Earth Intruders, Björk estava estranha – desculpe a redundância da afirmação. Em ritmo particular e descompassado, aparentava, talvez, o cansaço acumulado de uma tour que se prolongou por mais de um ano – e que passou pelo Brasil em outubro passado.
I’m the Hunter De divindade desvanecida à caçadora impávida, Björk lançou sua teia sobre o povoado e aliciou para a dimensão à parte de Volta os ainda marginais. E neste exato momento deu-se início ao espetáculo crescente que atingria, dentro de pouco, um apogeu inimaginável.
>>> Hunter (live @ sudoeste – Portugal)
Já despida do manto sagrado, Björk parecia realmente pronta para ministrar o ritual que seu rebanho esperava. Um culto embalado ao ritmo do que há de melhor na poesia pagã. Quem não se rendeu com a atuação de Pagan Poetry, certamente caiu de joelhos perante a irretocável beleza de All is Full of Love.
Entre as curvas do passeio pelas dimensões criadas em Vespertine, Volta e Homogenic, chega-se ao território ardiloso e minimalista do incompreendido Medúlla. No lugar dos gemidos do prolífico Mike Patton em The Pleasure is All Mine, ouviu-se um teclado semi-fúnebre a fluir em sincronia com os vocais.
Ao fim do momento sombrio, mesmo com pouca iluminação, o palco se enche de luz. Björk ausenta-se e, merecidamente, os holofotes caem sobre as Wonderbrass. Vestidas a rigor e ostentando seus instrumentos mágicos, executam Overture, fazendo com que cada componente da plateia se sentisse sozinho sobre o palco, rodeado por islandesas e dançando no escuro.
Com uma bagagem de mais de 30 anos dedicados à música, a criança quaternária retorna ao palco. Se Overture foi completa sem vocais, Immature supera expectativas sem o apoio instrumental. Com a sutileza de um anjo, flutua do lamento pela imaturidade à imposição do exército de uma só mulher. Army of Me, assim como todas as canções paralelas ao universo de Volta, ganhou novos arranjos, novas cores e novos sabores. Depois de uma versão melhorada de I Miss You, Who is it? Era a questão quando Björk trouxe ao palco um simpático senhor de bengala e seu estranho instrumento. Chamado Toumani Diabaté, aconchegou-se e pôs-se a extrair sons de sua kora, aparelho de origem africana. Após um curto e empolgado solo para a Björk sorrir e dançar ao seu redor, emenda-se o início de Hope.
>> Hope (live @ Sudoeste 2008)
Finda a viagem em ritmo neo-tribal por territórios africanos, a pequena encaminha um público de 20 mil pessoas para a sua pequena ilha de origem, entoando a belíssima Vökuró em língua-mãe. Da Islândia, a bordo de uma “casa flutuante”, direto para a pista, e com vista privilegiada para as montanhas nórdicas, onde Björk expõe sua inquietação com as dançantes Wanderlust e Hyperballad.
>> Wanderlust (live @ sudoeste 2008)
Excuse me, but I have to explode Com o início da chama desencadeado por Wanderlust e Hyperballad, Pluto veio para arrancar labaredas do Sudoeste. A cada pancada hipnotizante de Mark Bell e companhia, a massa aproximava-se mais e mais do palco. Já não havia barreiras entre artista e público, tão pouco havia espaço para racionalizar o momento.
>> Pluto (live @ sudoeste 2008)
Incrédulos com o palanque vazio, a multidão, que aos poucos voltava a si, clamava por mais daquilo que os tinham oferecido. Retorna então às vistas uma Björk debutante, relembrando os tempos em que seu nome não causava estrondo no mainstream, com a idosa The Anchor Song.
Antes da despedida definitiva e inevitável, foi com chuva de confetes e um público ensandecido em suas mãos que a miúda soltou o grito de independência. No recinto, restou um chão empoeirado e coberto com os resquícios da explosão provocada, reflexo perfeito do desmantelamento grupal ali sucedido, onde ainda retumbam os risonhos “oprrrrigadós” que Björk soltava ao fim de cada melodia.
Set list Brennið Þið Vitar Earth Intruders Hunter Pagan Poetry All Is Full Of Love The Pleasure Is All Mine Overture Immature Army Of Me I Miss You Who Is It? Hope (com Toumani Diabaté) Vökuró Wanderlust Hyperballad Pluto
Bis The Anchor Song Declare Independence
Quando o Brasil orgulha e envergonha De uma forma ou outra, o Brasil foi presença destacável na noite do evento. Para preparar – e entreter – o público antes da materialização de Björk, subiram ao palco do festival os portugueses do Clã, banda que é mais ou menos um Pato Fu – só que com sotaque da terrinha e um pouco mais faceiro.
>>> Vamos esta noite (live @ sudoeste 08)
A identificação entre ambas já foi percebida e as colaborações podem ser conferidas nas faixas Boa noite Brasil (Toda Cura Para Todo o Mal, do Pato Fu) e no álbum Cintura, do Clã. As cooperações mútuas culminaram, inclusive, em uma apresentação conjunta na última edição do Rock in Rio Lisboa.
Na falta de Fernanda Takai, o mestre Arnaldo Antunes – que apresentaria seu som em uma tenda paralela – foi convocado a dividir sua composição de H2omem com a voz rouca e ao mesmo tempo angelical de Manuela Azevedo.
>>> H2omem (live @ sudoeste 2008)
Antes ainda da banda portuguesa e o convidado ilustre, Natiruts foi a responsável por começar a agregar cabeças em frente a um palco ensolarado – que, inesperadamente, arrancou elogios do vocalista, admirado com as estrelas que só ele conseguia enxergar ao redor de um sol de 30 e poucos graus.
Com um discurso que pregava a paz entre os homens, misturando coragem e uma retórica vazia, o vocalista relembrou os presentes da sua cor e diz perdoá-los pelo passado que une Brasil e Portugal. O silêncio acompanhado de uma interrogação foi a resposta da diminuta multidão, que estava mais interessada no beija-flor, que trouxe meu amor, voou e foi embora, sinalizando Alexandre Carlo de que ele deveria ter mandado menos liberdade pra dentro da cabeça antes de subir ao palco.
Em breve, a segunda e última parte da série “música boa onde menos se espera”.
O que é novidade é essa ótima iniciativa da National Geopgraphic: a divisão de música da emissora transmitirá shows dos dois maiores expoentes da música islandesa: Björk e Sigur Rós.
Saiu o clipe da música Wanderlust, da Björk. Foram nove meses de produção. As primeiras fotos saíram semana passada. A versão online é em 2D, mas o clipe também foi elaborado em 3D. A direção é de Isaiah Saxon e Sean Hellfritsch, da Encyclopedia Pictura, onde já trabalhou Matthew Barney, o polêmico artista visual marido da islandesa.
O lance é meio épico e total bizarro. E o final? Quequeachô?
O blog americano Stereogun faz uma homenagem ao álbum Post da cantora Björk. As canções do disco de 1995, um dos trabalhos mais marcantes da carreira da islandesa, ganharam releituras de nomes do universo indie. Portanto, o que pode se esperar deste tributo inusitado é a riqueza na criatividade sonora! Mas não é a primeira vez o que o blog faz isso. Os discos Ok Computer do Radiohead e Automatic For The People, do R.E.M também já ganharam edições no mesmo formato.
No tributo ao álbum estão interpretações de figuras como Bell em It%27s Oh SoQuiet, Liars em Army Of Me, Xiu Xiu mostra sua versão para Isobel e El Guincho interpreta Cover Me.
Além das releituras, o blog conta também como foi a realização do projeto, além da opinião da própria Björk sobre as novas formas que suas canções ganharam.
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