
Nilmar não cobra pênaltis. Todos os 10 gols que já marcou no Brasileirão foram com bola andando. Os artilheiros que estão na sua frente marcaram 50% dos seus gols em cobranças de pênaltis. Assim, Nilmar é o goleador isolado do campeonato desconsiderando os gols marcados de bola parada. Contra o Fluminense, ele fez os dois gols colorados. Em ambos, deixou o zagueiro Roger no chão. No primeiro, foi municiado por Rosinei com um primoroso lançamento de 40 metros. Nilmar saiu atrás de Roger, chegou na frente, deixou o seu marcador caído com um giro de corpo e, com o pé esquerdo, mandou rasteiro para a rede de Fernando Henrique. No segundo gol, a jogada começou com um toque finíssimo de Andrezinho para Marcão. O lateral avançou e cruzou na medida. Nilmar, que estava atrás de Roger, meteu a perna esquerda na frente do zagueiro e marcou o segundo gol colorado. Ele foi decisivo e definitivo. Nilmar que, coincidentemente, estreou no Inter contra o Vasco da Gama, no São Januário, na última vez que o Inter venceu longe do Beira-Rio. Faz tempo. Foi em novembro de 2007.
A vitória sobre o Fluminense tem a ver com os problemas do time carioca, sim, mas muito mais tem relação com os retornos de Welington Monteiro, Sorondo , Nilmar e a boa estréia de Rosinei. Monteiro não jogava havia quase quatro meses. Mesmo assim, fez mais do que qualquer um dos laterais que o substituiram neste período. Sorondo devolveu à defesa do Inter maturidade, qualidade técnica, imposição na bola alta e segurança. Marcão, cuja saída da equipe vinha sendo pedida em decorrência de seus fracos desempenhos, desta vez foi um dos jogadores mais importantes do Inter. Nada a ver com o retorno de Sorondo? Ora, tudo a ver. Rosinei fez a sua estréia jogando na extremidade direita da segunda linha de quatro, armada por Tite. Deu o lançamento para o gol de Nilmar, confirmou ser jogador de boa técnica e velocidade. Sobre Nilmar, já escrevi sobre a sua importância decisiva.
O Inter comandou o jogo na etapa inicial e no segundo tempo, apesar da vantagem de dois a zero, transformou o jogo em um drama. Por quê? Não foi por ordem de Tite que o time recuou e atraiu o Fluminense para o seu campo. Acontece com equipes instabilizadas, inseguras e abaladas por derrotas sob repetidas circunstâncias. O adversário, nestas ocasiões, pressiona por estar jogando em casa e parece cair sobre o time que procura reabilitação a síndrome do respeito cutucado com vara curta. O Inter não recuou, foi empurrado para trás.
O próximo jogo será contra o Cruzeiro, no Mineirão. Adversário poderoso, muito mais do que o Fluminense. Se o Inter conseguir um empate, já será motivo para haver recepção no Salgado Filho, na volta da delegação à Porto Alegre.
Postado por Wianey
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