Nem teria sido necessário o elogio entusiasmado de Edinho, em La Plata, garantindo que Tite é o treinador que mais entende de formulações táticas com quem já trabalhou. Bastaria considerar o trabalho do treinador, a partir do momento em que passou a contar com todos os titulares e em boa forma física. Olha-se para o campo e percebe-se, claramente, uma equipe organizada, onde cada jogador sabe exatamente o que deve fazer.
O diabo é que o Inter só passou a ter uma equipe completa e bem preparada a partir de setembro. Tarde demais para o Brasileirão. Nos meses anteriores, o Beira-Rio viu jogadores saindo, outros chegando, um surto de hepatite, “janela de agosto” paralisando figuras importantes da equipe e uma desagradável herança materializada em hierarquias de vestiário e jogadores se arrastando em campo.
Tantos problemas só poderiam produzir maus resultados e pressão sobre o treinador. Tite tudo suportou, inclusive muxoxos de jogadores que não admitiam deixar o time por deficiência física e técnica.
Aos poucos, o treinador foi assumindo o comando do vestiário e impondo as suas idéias. Reconstruir um time não é tarefa que se realize em poucas semanas. Quase todo o mundo sabe disso. Quase.
Já no final da temporada e na iminência de conquistar um título que clube brasileiro algum já conquistou, Tite começa a receber merecida consideração. E se alguém quiser associar o bom momento do Inter ao retorno de Fernando Carvalho, fique à vontade. A sua influência, apoiada em conhecimentos, já fora decisiva nos momentos de grandes conquistas do Inter recentemente. Muitos não viram, outros negam-se a ver até hoje. Preferem acreditar em coincidências, talvez.
Postado por Wianey
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