Para Celso Roth, o Inter não seria parâmetro pois não está disputando a Libertadores da América. Mesmo assim, o treinador gremista deixou o gramado do Beira-Rio amargando mais uma derrota em Gre-Nal. O Grêmio, por efeito de bolas paradas, acumulou mais chances de gols mas, má sorte, os arremates foram contra trave e travessão. Roth armou sólido sistema defensivo e conseguiu conter o rápido ataque colorado. Porém, considerando posse de bola e ambição ofensiva, o Inter jogou mais. Se alguém quiser resumir a diferença entre as duas equipes, Índio e Fábio Santos são bons indicativos. Enquanto o lateral gremista desperdiçava uma oportunidade em que esteve à frente do gol e sem goleiro, Índio não perdoava e marcava um golaço, aproveitando passe de craque feito por D´Alessandro. Ganhou o melhor time, o grupo que reúne os jogadores mais qualificados.
BONIFICAÇÃO - O Grêmio queria, muito, vencer este Gre-Nal. Seria a maneira de compensar os últimos insucessos em clássicos: levar os pontos do Gre-Nal do Centenário. André Krieger confirmou que o clube prometera uma bonificação extra pela vitória. O plano gremista era colocar água no chopp colorado. Acabou bebendo mais uma taça de vinagre. O Inter teve sorte? Teve, mas não se diz que a sorte acompanha os bons? Depois de mais um fracasso em Gre-Nal, provocado pelo próprio Grêmio, restou racionalizar: como está fora do Gauchão, poderá se dedicar, exclusivamente, à Libertadores. E carregar a cobrança que virá pela conquista do título.
BOLAS ALTAS - As melhores oportunidades do Grêmio nasceram de bolas paradas. A defesa colorada, mais uma vez, mostrou a fragilidade da sua força anti-aérea. Sorondo ou Danni Morais no lugar de Álvaro, é quase uma imposição.
CRAQUE DO JOGO - Ninguém jogou mais do que Sandro. O volante foi exemplar no desarme, cobertura e avançadas para o ataque. Este jogador só pode ocupar o seu espaço e equilibrar o time depois que Alex foi vendido para o futebol russo. Sandro foi o melhor jogador do Gre-Nal mas Guiñazu, pela milésima vez, mostrou que é um jogador precioso pelo que joga e pela liderança moral que exerce.
TCHECO – Desta vez, Tcheco encarou o Gre-Nal com a determinação exigida. Foi comedido nas reclamações e lutou enquanto teve pernas.
RESPONSABILILDADE - Celso Roth, Krieger e Meira fariam bem se assumissem o erro de ter levado um time reserva para Caxias do Sul. Foi o Grêmio que cavou a sua eliminação.
SOBERBA – Celso Roth não faz questão de dominar a sua soberba. Depois de apanhar, mais uma vez, do Inter, desmereceu a vitória do adversário, ironizou o Gauchão e reforçou o compromisso de ganhar a Libertadores. Desde o início do Gauchão já atacou a fórmula, o campeonato, a FGF, os árbitros e só faltou culpar a crise econômica global. O discurso de Roth não é importante, apenas forçado e chato.
O ÁRBITRO - Leonardo Gaciba soube controlar o jogo, expulsou quem deveria expulsar e marcou dois pênaltis. Marcou um pênalti discutível sobre Tcheco mas deixou de marcar outro, claro, sobre Leo.
Postado por Wianey
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