Recebi e publico, a seguir, o e-mail que enviou Cátia Simon, esposa do árbitro Carlos Simon, no qual faz considerações ao episódio envolvendo o escritor Eduardo Bueno, Peninha, e o seu marido:
“Prezado Wianey.
Acabei de ler a tua coluna na ZH e estou indignada com a posição do senhor Peninha que esbraveja aos quatro ventos contra a decisão da Justiça em reparar o despropósito do comentário desse senhor em relação a um profissional honrado e qualificado, Carlos Simon, que por sinal é meu marido.
Surrupiar, segundo o dicionário Aurélio, tem o mesmo sentido que roubar. O escritor desrespeita o leitor quando tenta dar uma interpretação diferente daquela que escreveu. Está faltando informação ou formação? Acompanho a rotina exemplar do profissional Simon: treinos, estudos, discussões que dizem respeito a sua profissão de árbitro, no sentido de sempre estar melhor preparado.
Sinceramente, penso que não há meia dúzia de profissionais que se dedicam como ele. Erros, normais. Má-fé, nunca. Quando erra, quem mais sofre? Ele, que é perfeccionista, responsável. Evidente que os torcedores do time também sofrem, mas sempre consideram que são `ossos do ofício`. Meu marido nem sabe que estou lhe escrevendo, e não faço aqui a defesa do esposo, mas do profissional.
Não acho correto que o senhor Peninha possa valer-se de espaços públicos para tentar achincalhar um nome que só tem dignificado o estado e o nosso país. Ele quer dar a última palavra, dizendo que irá escrever um livro com os erros do Simon, porque não faz isso em relação a atuação de jornalistas, médicos, advogados, políticos. Seria bem mais útil para a sociedade. Essa atitude desmedida do senhor Peninha mostra o desequilíbrio com que enfrenta uma adversidade, uma infantilidade, até. Fala em liberdade de imprensa, mas e o respeito à decisão da Justiça e à opinião divergente dele?
Não é por acaso que o Simon está prestes a ir a uma terceira Copa do Mundo. A CBF, FGF, Fifa conhecem e acompanham o trabalho do Simon, bem como as pessoas de bem. Esse senhor, felizmente, não representa a totalidade dos torcedores do Grêmio, como afirma ele, uma vez que os muitos não compartilham dessas opiniões. Temos filhos, amigos, conhecidos de diferentes cores clubísticas que reconhecem a dignidade do trabalho do Simon. Pessoas que desconhecemos em diversos lugares do país e do mundo cumprimentam o Simon pelo trabalho e a coragem dele ser como é. Quem teria a coragem de quebrar um protocolo como e fez o Simon na entrega do prêmio para os melhores do ano, em dezembro de 2008, e sair na defesa do colega Wagner Tardelli, injustiçado e difamado indevidamente?
O senhor Peninha presta um desserviço ao futebol, incentivando rancores e ódios desmedidos. Quem ganha com isso? Acho que só ele com a publicidade para seus livros. Ah, gostaria muito de ver o senhor Peninha apitando um joguinho qualquer porque, ao contrário do que ele disse no blog do David Coimbra, o Simon já escreveu um livro — Na Diagonal do Campo, sucesso de público na Feira do Livro, rendendo-lhe até um troféu por isso.
Obrigada,
Cátia Simon”
Postado por Wianey
Comentários