O torcenauta Ricardo Antunes, de Joinville, questiona: “Tenho uma pergunta: tanto se fala do enfrentamento do Inter com times mais fortes. Estes times não jogam mais abertos ou saindo para o jogo? Não é ideal para o ataque rápido do Inter? O único parâmetro que temos é o Grêmio, mas o Grêmio jogou todos os Gre-Nais na retranca, se preocupando primeiro em marcar. Leio diariamente o seu comentário e você faz muita falta no `Sala`. Um abração, Ricardo Antunes”. Seguinte Ricardo, times são fortes porque marcam e atacam com a mesma eficiência. Se o fazem com qualidade técnica são ainda melhores. E se forem velozes são ótimos times. Aqueles que jogam “abertos” não são bons times. Partindo destes conceitos, o Inter será devidamente testado quando encarar adversários com estas qualificações. Não se trata de diminuir ou desconsiderar o futebol bonito e eficaz que o Inter vem jogando. Não se viu tanta técnica, habilidade e evoluções rápidas em toques de bola de primeira nas últimas décadas no Beira-Rio. Acho que o Inter confirmará a excelência do bom futebol que vem jogando, mesmo quando estiver diante de times como Cruzeiro, Corinthians, Flamengo, São Paulo, etc. Mas há que se ver… Não concordo que o Grêmio tenha disputado os Gre-Nais retrancado. Em Erechim, por exemplo, o Grêmio foi superior ao Inter no primeiro tempo, quando Tite tentou acomodar Alex, Taison, Nilmar e D`Alessandro ao mesmo tempo. Na etapa final, o jogo ficou equilibrado com a troca de Alex por Andrezinho. Mesmo nos clássicos (três) vencidos pelo Inter e jogados no Beira-Rio, o Grêmio teve desempenhos bons, tendo sido superior ao Inter em alguns momentos. Faltou-lhe o que sobra ao Internacional: qualificação ofensiva. Contra Caxias e Guarani o Inter foi avassalador. Jogou-se sobre os adversários como a gula de um famélico. Índio, Sandro, Magrão, Guiñazu e os laterais mandaram-se para o ataque com vigor e ganância (expressão de Argel). O Guarani, embora dominado amplamente, chegou até a área do Inter meia dúzia de vezes, aproveitando-se das subidas destes citados jogadores. Alguém pensa, porém, que contra rivais qualificados, como os acima citados, Índio, Magrão, Sandro, Guiñazu e os laterais sairão de trás com a mesma frequência e, muitas vezes, simultaneamente? Não, é claro. Tite estabelecerá uma estratégia mais cautelosa nestas ocasiões. O Inter não seguirá goleando indefinidamente. Também o futebol mágico que apresentou nos últimos jogos não poderá ser mantido, para sempre. Mas é certo que a equipe adquiriu força coletiva e este é um valor permanente, com tendência a crescer. E, afinal, um time de futebol enfrenta constantes desafios. O Inter parece aparelhado para superá-los. Só falta que comprove, na prática, as expectativas positivas dominantes.
Postado por Wianey
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