Foi o que aconteceu. Wilson Luiz Seneme, árbitro de Atlético e Grêmio foi decisivo na vitória mineira. O pênalti que marcou aos 47 minutos da etapa foi um caso claro de intencionalidade zero por parte de Joilson. A bola foi cruzada da direita, atravessa a área e o lateral tenta dominá-la com o peito. A bola escorrega na sua barriga e toca de raspão no cotovelo, segundo o seu depoimento. Semene marca pênalti. Interpretação equivocada ou, sei lá, desejo de marcar a infração. Não houve este pênalti como também não aconteceu toque na área do Atlético, quando o zagueiro Welton Felipe, disputando bola com Máxi Lopes, gira o corpo, a bola quica no gramado, sobe e toca na sua mão. Nenhuma intenção. Nos dois casos, Joilson e Welton, sequer houve ação impruidente que pudesse ser qualificada como culposa. Portanto, dois lances de interpretação e dois critérios do árbitro. Creio que não ficou dúvida alguma de que a arbitragem influenciou o resultado. E, fiquemos por aí. Discursar contra uma hipotética conspiração contra o Grêmio, como fizeram os dirigentes, apenas atiça ainda mais sentimentos pouco simpáticos ao Grêmio por parte dos árbitros brasileiros. O jogo teve desempenhos distintos nas duas etapas. No primeiro tempo, o Grêmio não compareceu ao jogo. Foi amplamente dominado pelo Atlético e, simplesmente, não conseguiu jogar. Foi atacado o período inteiro, quando a equipe de Celso Roth teve quatro arremates, todos eles perfeitamente caracterizáveis como chances de gol. O Atlético poderia ter definido o resultado na etapa inicial, mas faltou-lhe eficiência para transformar em gols as oportunidades criadas. O Grêmio, nesta fase do jogo, não conseguiu um único arremate contra o gol atleticano. Na etapa final, mudou o panorama. Réver, que no primeiro tempo abandonava a defesa para jogar na meia-esquerda e ataque, ficou mais contido. A defesa, segundo o goleiro Victor, estivera muito aberta na fase inicial. Muito em decorrência dos avanços sistemáticos de Réver. No segundo tempo, Tcheco foi liberado para jogar mais adiantado. O Grêmio, então se transformou. Contando com a qualificada articulação que Tcheco reaoliza quando não precisa jogar recuado, apenas correndo atrás dos adversários, o time cresceu. Marcelo Rospide substituiu Rui por Joilson, dando ao lateral duas tarefas: ajudar o meio-campo e marcar Thiago Feltri. Cumpriu a primeira parte, razoavelmente, mas não foi capaz de segurar Feltri. Tanto que o jogador atleticano marcou o primeiro gol dos mineiros, com a mais absoluta liberdade. Outra mudança foi a entrada de Herrera em lugar do ineficiente Jonas. O argentino errou um arremate, de cara, para em seguida não vacilar e marcar o gol do Grêmio. Sua contribuição foi muito superior ao que vinha fazendo Jonas. Contrariando a etapa inicial, quando o Atlético foi senhor do jogo, no segundo tempo os papéis se inverteram e o Grêmio foi quem mandou na partida. Levaria um ponto para casa não fosse o pênalti marcado por Seneme, a mau juízo, erradamente.
Postado por Wianey
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