Se alguém disser que o Brasil só goleou o Uruguai porque o adversário era inferior, merecerá esta resposta: nos últimos 33 anos, em que o Brasil não conseguiu derrotar os uruguaios no Estádio Centenário, o time brasileiro sempre foi superior. Mesmo assim, atravessou três décadas sem vencer em Montevidéu. A goleada aplicada na tarde gelada deste sábado foi, portanto, uma proeza histórica do futebol brasileiro, cumprida sob o comando de Dunga e suas ideias.
O Uruguai não marcou, ou não encontrou, o Brasil em campo? Não faz diferença. Antes do jogo, Dunga profetizou para os seus jogadores:
— Se tivermos a mesma garra deles, ganhamos o jogo.
Em campo, viu-se uma Seleção Brasileira combativa, atendendo a recomendação do seu líder. Empatando com os uruguaios no quesito garra, a qualidade desequilibrou em favor do Brasil. O primeiro gol saiu cedo, 11 minutos da etapa inicial. Esta circunstância obrigou o Uruguai a se desproteger na defesa para investir no ataque. Poderia ter acontecido o gol de empate mas Daniel Alves, que marcara o gol brasileiro, salvou duas vezes o gol de Julio Cesar. Estava escrito que seria uma jornada brasileira. Os gols foram se sucedendo, com naturalidade. Os uruguaios, como historicamente fazem não desistiram nunca. Mas, encontraram a oposição do maior goleiro do mundo: Julio Cesar. Ele fez tantas defesas incríveis que, apesar da goleada, deixou o gramado na condição de melhor jogador em campo. Esta circunstância, de alguma forma, recomenda o esforço do Uruguai. Além de Julio Cesar, Lúcio e Juan tiveram atuações irrepreensíveis. Daniel Alves mostrou que é mais versátil do que Maicon.
Se alguma restrição pudesse ser feita, esta seria com relação a titularidade de Robinho. Não dá para aceitar que Nilmar e Alexandre Pato fiquem fora do time para que Robinho esteja nele. Luiz Fabiano marcou um gol e foi expulso. Não joga contra o Paraguai.
Quem Dunga escalará, Pato ou Nilmar? Se o jogo de Montevidéu for indicativo, jogará Nilmar, que ficou na reserva enquanto Pato sobrou.
Postado por Wianey
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