Wianey Carlet

Paulo Autuori, com base nas suas observações, acredita que o Grêmio ainda desfruta a possibilidade de brigar pelo título do Brasileirão. O equilíbrio de forças entre os principais participantes da competição conforta sua posição. Resumindo: todos ganharão e perderão, até o fim do certame.

O que Autuori não está considerando é uma obviedade: se todos alternarão resultados, o Grêmio estará neste grupo e, portanto, poucas mudanças ocorrerão na tabela.

Acho que este tipo de projeção não prejudica, mas também não ajuda. O Grêmio deveria parar de falar em título ou G-4 e concentrar todas as suas energias no jogo seguinte. De que adiante pensar no Goiás se antes terá que enfrentar o Fluminense?

Dispersar foco, neste momento, pode não ser bom negócio. Melhor seria que o Grêmio só desse atenção ao próximo adversário. E, principalmente, fizesse de cada jogo uma epopéia. Ainda que Autuori considere este tema da “pegada” um verdadeiro absurdo, é com este elemento que ele deve contar para chegar o mais longe que puder, no campeonato. Se não for com superação, apenas com desempenho técnico, o Grêmio acabará lutando é por uma vaga na Sul-Americana. Nada mais.

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Ninguém questiona as virtudes técnicas de D´Alessandro, que não são poucas. Taticamente, entretanto, ele tanto pode ser uma solução como um problema. Em determinados jogos, o argentino aparece mais como dificuldade a ser superada do que um elemento com alta capacidade de resolução.

A movimentação lateral de D´Alessandro e o seu distanciamento do centro avante é, inquestionavelmente, um problema que produz efeitos negativos em cascata. Como não se aproxima de D´Alessandro, o atacante precisa recuar, constantemente, para vir ao encontro da bola. Este movimento é altamente negativo, pois retira o centroavante do espaço que deveria ser sua área de ação. Se fosse mais vertical, D´Alessandro contribuiria para atrair a marcação adversária, aliviando a vida dos atacantes colorados. Mas, é baixa a freqüência com que o argentino chega na região de arremates, comprova-o sua baixa taxa de finalizações. Por sua movimentação defeituosa, uma série de desarranjos mecânicos acabam desequilibrando o time.

D´Alessandro é um grande jogador mas, como Guiñazu, mexe-se mais do que seria necessário. É uma questão simples de resolver. Estabelecer uma faixa de atuação poderia ser o primeiro passo. Substituir a lateralidade dos movimentos pela verticalidade das suas ações, o segundo.

Os problemas do Inter não são de qualidade técnica dos seus jogadores. Existe um bom jogador em cada posição, inclusive na lateral-direita. A dificuldade está na irracionalidade tática. E este pode ser um problema que Tite, mesmo querendo, não consegue resolver em função da rebeldia funcional de alguns jogadores.

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Com a expectativa de voltar a ver o Brasil na elite do tênis mundial, o tricampeão de Roland Garros, Gustavo Kuerten, vai acompanhar o confronto entre Brasil e Equador da Copa Davis que acontece a partir da próxima sexta-feira, no Gigantinho, em Porto Alegre.

- Temos boas chances. acho que vamos ter uma disputa bem parelha. Como de costume o primeiro dia pode ser crucial, por isso o ideal seria abrir vantagem logo no início para poder direcionar a competição. O Thomaz Bellucci e o Marcos Daniel vêm de bons jogos, mas é preciso lembrar que a Davis mexe com o emocional, seria interessante eles se apoiarem bastante na torcida – comentou o tricampeão de Roland Garros.

No Gigantinho, Guga deve relembrar sua trajetória na Davis que lhe rendeu 34 vitórias ao longo dos treze anos de carreira no circuito profissional. A estreia de Gustavo Kuerten na Copa Davis foi em 1996, ano em que participou vencendo o jogo de duplas com Jaime Oncins, em Santiago.

A Copa Davis sempre foi uma prioridade para Guga que fazia questão de participar da disputa com o objetivo de defender o Brasil. A última exibição do ex-número 1 do mundo na Davis aconteceu em 2007, em Innsbruck, na Áustria.

Para os apreciadores do tênis, será uma bonita oportunidade para conviver, um pouco, com a mais gloriosa estrela brasileira deste esporte, em todos os tempos. As arquibancadas do Gigantinho brilhariam, ainda mais, se Maria Ester Bueno também viesse a Porto Alegre. Ao lado de Guga, formaria o casal de ouro do tênis brasileiro.

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Ninguém pode acusar Tite de não ser um treinador ousado. A tabela de classificação do campeonato mostra que o Inter é o time que mais gols marcou, até agora, na competição. É, também, quem obteve o maior número de vitórias, entre os 20 participantes. Com estes recomendáveis números, por que, então, não é o líder do Brasileirão? A resposta parece óbvia: porque não se defende bem. A defesa colorada já sofreu 30 gols. Palmeiras e São Paulo, que cercam o Inter, só levaram 23 gols, até agora.

O Grêmio também têm menos gols sofridos que o Inter: 28. Os números mostram, claramente, que Tite ainda não conseguiu equilibrar o time. O sistema defensivo vaza mais do que deveria. Se a escalação colorada contempla três jogadores com teórica força de marcação no meio-campo, as estatísticas contrariam a hipotética concepção tática defensiva do time. As explicações podem variar entre a crônica limitação da lateral-direita até uma provável carência técnica dos zagueiros passando por defeitos de organização até a inapetência dos atacantes por partilhar, também, as tarefas de marcação. Tem espaço para muitas teorias. Todas certas, claro.

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Leio que o Grêmio ainda aguarda por parceiros para adquirir os direitos econômicos e federativos do centroavante Maxi López. Confesso uma certa estupefação diante do fato. O argentino é daqueles raros negócios em que o lucro é inevitável. Ainda jovem, 24 anos, com bom faro de goleador, Maxi é cheque em branco na mão.

O Grêmio tem prazo até dezembro para efetuar a aquisição, ainda restam três meses e meio. Mas, se eu fosse investidor, trataria de me adiantar e garantir participação no negócio. Pensei, juro, que haveria um leilão entre interessados, considerando a excelência do negócio. Mas, pelo jeito, os investidores desapareceram ou, por alguma razão, estão arredios. Pode ser, também, que exista alguma transação em andamento que, por razões negociais, não é divulgada. Se for, melhor, pois Maxi López é pedra preciosa neste pedregoso mundo do futebol.

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