Magrão deixou o Beira-Rio sem maiores explicações. Anoiteceu e não amanheceu, ficando no seu lugar apenas uma informação: o jogador, 31 anos, fez o contrato da sua vida e o Inter faturou dois milhões de euros. Até que surja outra justificativa, Magrão saiu porque, na sua idade, não queria perder a oportunidade de buscar sua independência financeira. Obrigá-lo a permanecer traria problemas que o Inter não quis encarar. É compreensível. Já tinha acontecido com Fernandão.
Este ano, o Inter já vendeu Alex, Edinho, Nilmar e Magrão. Sem examinar cada caso, uma demasia. Mas, cada caso tem uma justificativa razoável.
EDINHO rendeu em torno de US$ 250 mil, quase nada. E era uma saída desejada pela torcida. Será que existe alguém lamentando?
ALEX praticamente exigiu a sua venda. Tinha planejado ir para o Exterior com 26 anos de idade e já estava ultrapassando este prazo. Alex queria sair. Não desejava mais ficar.
NILMAR era uma venda anunciada. Para segurar o atacante, o Inter fez um investimento muito acima das suas possibilidades. Conseguiu mantê-lo por mais um ano, no Beira-Rio. Porém, todo o mundo sabia que se Nilmar não saísse em agosto, sairia em dezembro. A oportunidade apareceu no meio do ano e ele se foi.
MAGRÃO, repito, foi um negócio que sensibilizou o jogador. Pelo valor pago pelos árabes, o Inter não venderia. Como segurar um jogador de 31 anos que tem a chance de obter sua independência financeira?
Na verdade, pela vontade exclusiva do Inter, apenas Nilmar teria sido vendido. Mas, como vem acontecendo nos últimos anos, o Inter vendeu e comprou.
Para o lugar de Nilmar, já havia contratado Alecsandro, antecipadamente. Mesmo assim, repatriou Edu, uma contratação que não encontrou nenhuma objeção. Recentemente, reforçou o seu grupo de atacantes com Alan Kardec, ótimo centroavante do Vasco da Gama, que ainda não estreou. Bolaños veio mas não aprovou, ainda.
Como a defesa andava mal, o Inter buscou Fabiano Eller, sob aplausos gerais.
E ainda tem a promoção de Marquinhos, segundo atacante que também sabe jogar na função mais adiantada do meio-campo.
Sem precisar de boa vontade, é fácil concluir que as vendas, este ano, não foram tão exageradas, levando em conta o desejo do Inter, e as compras foram, também, qualificadas. Afirmar, somente, que o Inter é um clube vendedor não dá uma verdade inteira. O Inter vende e compra. E assim tem se mantido entre os times mais fortes do país, nos últimos anos.
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