Wianey Carlet

Este blogueiro tem recebido vários e-mails de torcedores colorados questionando a preocupação de Fernando Carvalho e Vitório Pifero, tentando evitar uma divisão política do clube. Leiam o que escreveu este colorado. No final, a opinião do blog:

“Caro Wianey, com relação as notícias sobre as eleições no Inter e toda a preocupação, etc… acho que se os dois candidatos querem ser candidatos, que o sejam e a torcida do Inter escolha quem será o Presidente.

Caro Theo, não identificou desejo dos “decanos” em sonegar ao sócio colorado o direito de escolher o próximo presidente. Toda a questão gira em torno da importância de Luigi e Affatato na atual formatação administrativa do Inter. Giovanni Luigi é homem com experiência no futebol e na concepção do modelo administrativo do clube. Pedro Affatato tem sido essencial na busca de recursos e nas obras que mudaram e mudarão ainda mais a foto do Beira-Rio. Carvalho e Piffero querem, apenas, manter Luigi e Affatato na diretoria. Sabem que uma disputa eleitoral deverá privar o Inter da colaboração da parte perdedora. No que estão cheios de razão.

Tantas vezes tenho lamentado a rivalidade exacerbada entre gremistas e colorados – que já resultou, até, em mortes – que me incomoda muito quando dirigentes se comportam como se fossem torcedores comuns. Vitório Piffero, quando iniciou sua carreira de dirigente, aproveitava todas as entrevistas para provocar o Grêmio.

Várias vezes critiquei o dirigente colorado por esta postura e hoje saúdo a sua mudança de comportamento. Neste momento, o recém eleito presidente do Grêmio, Paulo Odone, parece decidido a reinaugurar o processo de provocações. Sinceramente, penso que esta estratégia em nada contribui para o crescimento saudável do futebol gaúcho.

O pior efeito deste comportamento é que ele autoriza os torcedores mais exaltados a repetir a ladainha. E os resultados do confronto entre fanáticos colorados e gremistas nós já conhecemos. Os dirigentes da Dupla têm o direito de se comportar como quiserem, desde que assumam as responsabilidades pelo efeito das suas provocações nas torcidas.

Em uma reunião entre os coordenadores e os pré-candidatos Giovanni Luigi e Pedro Affatato, o presidente Vitório Piffero tentará, talvez pela última vez, evitar uma divisão política nascida dentro da sua própria diretoria.

Até este momento, Luigi, Affatato e os grupos políticos que os apóiam estão irredutíveis. Querem concorrer, apoiados ou não pela diretoria. É possível que ambos estejam blefando. Os dois candidatos sabem que serão minguadas as chances daquele que não receber o apoio oficial de Fernando Carvalho e Vitório Piffero.

Fala-se que será tentada outra saída: passada a eleição, a chapa vencedora convidaria a perdedora para integrar a diretoria recém eleita. Mas, quem consegue prever como se dará a campanha eleitoral? Normalmente, nestas campanhas, sobrevivem ressentimentos que, muitas vezes, levam muitos anos para ser superados. Da reunião de hoje dependerá o futuro próximo do Inter.

Era preciso ganhar e o Inter ganhou. Poderia ter garantido o resultado na etapa inicial, quando amassou o Atlético. Na etapa final, continuou dominando até a expulsão de Alecsandro. Daquele momento em diante virou sufoco. Renan, tantas vezes contestado, salvou o Inter com uma defesa excepcional. Agora, o Inter está mais próximo do líder. Segue viva a esperança de título.

Derley teve atuação destacadíssima. Foi o melhor jogador em campo. Desta vez, Edu teve bom desempenho, o melhor desde que Roth passou a apostar nele. Kleber, como sempre, acrescentou qualidade pelo lado esquerdo e não se pode esquecer de Renan, muito exigido no último quarto de jogo.

De frente para o gol, Alecsandro desperdiçou uma chance incrível. De costas, marcou de cabeça. E o árbitro? Exagerou na expulsão de Alecsandro e não viu um pênalti sobre Leandro Damião.

O galo já foi. Falta, agora, o peixe. Se trouxer três pontos da Vila Belmiro, fortalece sua condição de postulante ao título.