Quando se trata de política, o Internacional pode se transformar em uma massaroca indigesta e incompreensível. Sábado à noite, foi uma destas ocasiões. A reunião que quase resultou na candidatura de Vitório Piffero foi implodida horas depois pelas lideranças do Movimento Inter Grande, ao qual pertencem, acreditem, o atual presidente e o vice de futebol.
Foi assim: os parlamentares que promoveram o encontro, propuseram que Piffero fosse candidato a mais uma reeleição. Este apresentou duas condições: que Giovanni Luigi e Pedro Afatato concordassem em retirar as suas candidaturas e que Fernando Carvalho aceitasse continuar dirigindo o futebol colorado. Imediatamente, o deputado Beto Albuquerque telefonou para Luigi e obteve deste plena concordância. Ibsen Pinheiro encarregou-se de falar com Afatato, obtendo idêntico resultado. Superada esta condição, faltava Fernando Carvalho aceitar sua permanência no futebol, exigência atendida na hora.
Tudo acertado, Piffero anunciaria sua candidatura quando voltasse da Suíça. E gastaram mais algum tempo fazendo planos para a nova gestão. Na manhã seguinte, uma comissão de integrantes do Inter Grande compareceu à residência de Vitório Piffero, fazendo-o recuar da decisão tomada horas antes. Indiretamente, a própria corrente política de Piffero e Carvalho estava vetando a continuidade dos dois dirigentes mais vitoriosos da historia do Inter. Podem acreditar porque é verdade, por mais absurdo que pareça.
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