Wianey Carlet

Dificilmente o Inter deixará de vencer o Ypiranga, hoje, no Beira-Rio. O time de Erexim foi goleado, recentemente, pelo Grêmio. Uma vitória colorada importaria para o objetivo do Inter de conquistar a Taça Farroupilha garantir vaga na decisão do Gauchão. Porém, derrotar o Ypiranga também poderá ser entendido com aprovação do esquema com um atacante, o mesmo que afundou o Inter diante do Mazembe. Celso Roth tem, além de Leandro Damião, atual titular do ataque, mais três atacantes importantes: Cavenaghi, Rafael Sobis e Alecsandro. Mesmo assim, o treinador prefere jogar com um único centroavante. É possível vencer o Ypiranga, mesmo com um esquema tático e uma escalação defeituosas. Mas, e quando vierem os jogos mais difíceis da Libertadores? Roth parece determinado a repetir o fracasso de Abu Dhabi.

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A discussão sobre o modelo que o Inter deve adotar para reformar o seu estádio – autofinanciamento ou parceria – transformou-se em uma rede de intrigas de péssimo gosto. Um lado afirma que os defensores do autofinanciamento teriam motivações negociais particulares. A resposta é tão infame quanto: quem defende a parceria receberia benefícios da empreiteira que assumiria as obras. Quando a discussão atinge este nível, é lícito suspeitar de interesses obscuros. Não deve ser o caso, mas fazem questão de fazer parecer que é. Lamentável.

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O jogo entre Grêmio e Caxias foi o melhor deste Gauchão. É possível, até, que não haja outro confronto, nesta competição, tão empolgante quanto foi a decisão da Taça Piratini. Porém, a excepcionalidade da partida se deveu, exclusivamente, ao Caxias. O time de Lisca surpreendeu o Grêmio, a torcida e a imprensa portando-se como se tivesse o tamanho do Grêmio e estivesse jogando na sua casa. A etapa inicial chegou a ser constrangedora para a equipe de Renato. O gol de empate, marcado aos 50 minutos da etapa final, foi um prêmio a insistência do Grêmio e castigo ao cansaço do Caxias. A vitória nos pênaltis não deve embaçar a correta leitura que o jogo exige. O Grêmio jogou pouco, teve problemas defensivos, o meio-campo foi superado pelo adversário e o ataque não funcionou. Estas dificuldades quase tiraram o título do Grêmio mas, certamente, criarão embaraços na Libertadores. O time ainda não encontrou o equilíbrio e a eficiência do segundo semestre.

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O Inter abriu bem sua participação no segundo turno do Gauchão. Venceu, goleou e apresentou três jogadores com atuações excepcionais: Bolatti, Oscar e Leandro Damião.

O volante, mais uma vez, esbanjou classe, desta vez jogando na sua real posição: primeiro volante. Oscar deu um espetáculo à parte. Fez assistências precisas, movimentou-se marcando cada jogada com a sua refinada técnica e passou a impressão de que se tratava de um veterano no time, tal a naturalidade com que se impôs.

Por fim, Leandro Damião, o centroavante que entrou no time com seis meses de atraso, no mínimo. Marcou três gols. Um expert em jogadas aéreas. O Inter goleou o Ypiranga. Ao natural.