Ainda que se reconheça em Kleber qualidades técnicas singulares, é preciso considerar que um jogador vale pela sua média de produtividade. E neste quesito essencial, o lateral-esquerdo do Inter anda devendo. Para cada boa atuação, são duas ou três, e até mais, performances insatisfatórias. Estas oscilações nada tem a ver com a qualificação de Kleber mas, sim, com o seu temperamento. De tal forma se acentua e destaca a sua indolência que, como sábado passado, até parece que está em campo contrariado. Que apreciaria mais estar a margem de um rio perseguindo carpas e jundiás.
Na lateral-direita, o problema se repete, mas por razões distintas. Nei é um esforçado, dotado de grande capacidade física. Mas desperdiça todas estas aptidões naturais quando avança sobre o campo adversário. É raro, muito raro, acontecer um cruzamento de qualidade ou uma jogada bem combinada e executada com alguém do meio. Nei gasta um tanque de petróleo para acender uma lamparina.
O Inter precisaria qualificar as suas laterais. Uma boa “sombra” poderia estimular Kleber a aumentar a sua taxa de dedicação. No caso de Nei, um bom reserva poderia se transformar em uma necessária solução.
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