Foi o próprio Rafael Sobis quem declarou: “O Fluminense pagou uma mixaria pelo meu empréstimo, pouco mais de R$ 400 mil”. Era evidente o tom magoado das suas palavras, pois Sobis desejava muito ficar no Beira-Rio e tentar compensar os longos períodos em que não jogou por força de lesões. O Inter concluiu que Sobis não valia qualquer investimento, mesmo pequeno, e o dispensou. Direito do clube. Só não digam que era muito caro.
Está noticiado que Paulo Pelaipe assume o comando do futebol gremista com uma prioridade: contratar mais um centroavante. É um bom começo, mas insuficiente. O Grêmio precisa, urgentemente, qualificar a sua zaga. Encontrar um zagueiro tipo argentino, xerifão, uma liderança que não existe, no Olímpico. O diabo é que a janela de transferências internacionais está fechada e o único campo disponível para prospecções é a Série B do Brasileiro. Mesmo assim, impõe-se que Pelaipe tente encontrar algum zagueiro que seja superior aos que o Grêmio possui. É de impressionar que o melhor zagueiro do Gauchão tenha saído do Cruzeiro e se transferido, diretamente, para o futebol português. A Dupla não fez questão alguma de contratá-lo.
Imagine, torcenauta, que você esteja trabalhando em uma empresa e recebe de outra uma proposta de emprego irrecusável. O salário é bem mais alto, as condições de trabalho melhores e boas são as possibilidades de crescimento profissional. Você não pensa duas vezes, aceita a oferta e se manda de mala e cuia. Abre-se o pano, começa o espetáculo e 25 dias depois cai o pano e tudo termina. Foi o que aconteceu com Alexandre Farias, buscado pelo Grêmio para ser o diretor executivo de futebol. Informa-se que a sua precoce demissão teria ocorrido em função de erro cometido com relação à frustrada contratação de Welington Paulista. Esta é a justificativa, mas Alexandre sairia sob qualquer outro pretexto. Não é assim que se tratam pessoas. Se Alexandre Farias errou, deveria merecer nova oportunidade. Se era incompetente, o equívoco teria sido do clube. Uma instituição respeitável assume seus enganos e não os repassa, simplesmente, para um dirigente. A demissão sumária de Farias caracteriza inequívoco ato de crueldade social.
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