Estes dias, para Celso Roth, devem estar atormentando o treinador gremista mais do que o clima bandido deste inverno. E Leandro Damião, certamente, é o fantasma que mais assombra Roth. A questão é simples: como parar o centroavante do Inter, no Gre-Nal de domingo? Tento me colocar no lugar de Celso Roth e não encontro uma solução que garanta, minimamente, que seja possível neutralizar Damião. Marcação dupla com um defensor no primeiro combate e outro na sobra? Lembremos, porém, que no primeiro gol marcado pelo centroavante, contra os argentinos, dois defensores se colocaram no seu caminho e Damião passou entre ambos. Marcação dobrada, portanto, não é garantia. Quem sabe destacando alguém – certa vez, o Grêmio escalou Jurandir para marcar Falcão, onde o craque colorado fosse – mas mesmo neste caso, haveria a estatura física de Leandro Damião. No segundo gol, contra o Independiente, ele se antecipa ao zagueiro, dá-lhe um drible de peito, deixando-o caído, e no instante seguinte, estava marcando o segundo gol do Inter. Penso, penso, penso e não encontro uma solução para conter Damião. Talvez a única saída para Celso Roth seja rezar,m torcer para que o centroavante colorado não esteja inspirado.
Começou em 2006 e, de lá para cá, o Inter já conquistou oito títulos internacionais. Ontem, mais uma taça passou a integrar a galeria de troféus do clube. E, mais uma vez, um jogador se destaca como o grande artificie da conquista. Leandro Damião, marcando dois gols, saiu de campo como o grande herói da vitória. Nenhum atacante no Brasil está jogando tanto quanto Damião. A vitória foi, também, de Dorival Júnior, que soube atender ao bom senso escalando uma equipe equilibrada e vocacionada para a vitória. Oscar é outro vencedor que acumulou em poucos dias dois títulos internacionais.
O Inter comportou-se como um verdadeiro campeão. A defesa portou-se com autoridade, o meio-campo soube se impor aos argentinos e o ataque funcionou com Damião e a parceria promissora do garoto Dellatorre. É imperioso registrar, igualmente, a atuação madura do garoto Elton, hoje um volante inquestionável e titular absoluto do meio-campo.
A torcida lotou o Beira-Rio, fez festa e comemorou intensamente o bicampeonato da Recopa. A volta olímpica aconteceu e foi acompanhada com emoção por Fernandão, o diretor-executivo que voltou para viver novamente a alegria de um título. Na cabina da Gaúcha, o goleiro Clemer, campeão de tudo, mal conteve a emoção vendo em campo o time guerreiro e vencedor do seu tempo. Agora, o Gre-Nal, com o moral nas alturas.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista.
Wianey por Rosane:
"Ele é o multimídia incansável. Trabalha sete dias por semana e briga com tanta convicção por suas ideias que eu não sei de onde tira tanta energia."
Wianey por David:
"Quando o Wianey chega agitado aqui, no Esporte da Zero, a gente já sabe: a coluna dele vai provocar jogadores, técnicos, torcedores, juízes, todo mundo. O problema é que o Wianey chega todos os dias agitado aqui, no Esporte da Zero."
Wianey por Sant'Ana:
"Wianey Carlet, o Torquemada dos treinadores."
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