Desta vez o Inter não vacilou e deu um passo importante para agarrar vaga para a Libertadores. Jogou sem Moledo, Nei e D´Alessandro, o craque do time. Mesmo assim, seriamente avariado, jogou com maturidade e sabedoria. Cadenciou o jogo, às vezes até demais, investiu na qualidade superior dos seus jogadores e por aí chegou a vitória. Um desempenho sem grandes destaques individuais, mas pleno de solidariedade. Tinga e Oscar foram vistos sempre ajudando na marcação a partir do campo defensivo colorado.
Era previsível que Leandro Damião sentisse os efeitos da longa parada. Ainda assim, obrigou o bom goleiro Márcio a fazer defesas complicadas. Mais uma semana de treinamentos aprimorará a sua condição física. Chegará melhor para encarar o Fluminense.
O Inter tem a segunda melhor campanha do returno e, junto com o Flamengo, o melhor ataque do Brasileirão. Está chegando.
A vitória do Grêmio deixou o Flamengo apenas um ponto acima do Inter. Foi uma ajuda e tanto. Para pegar uma vaga para a Libertadores, o Inter não depende mais de outros resultados. Apenas dos seus.
Qualquer adjetivação para a vitória do Grêmio sobre o Flamengo, por mais rebuscada e criativa, transforma-se em lugar comum. Acontece quando a grandeza de um feito é superior ao efeito das palavras. Vitória de virada, viradaça! O destino do jogo foi modificado no vestiário gremista, no intervalo, com uma substituição: saiu Saimon, entrou Adílson e Gilberto Silva recuou para jogar na zaga. Arrumou-se o sistema defensivo do Grêmio e o ataque, confiante na turma de trás, também passou a funcionar. O Grêmio perdia por dois a zero e acabou vencendo por quatro a dois. Um resultado que vai para a história. Uma inversão de resultado sobre o Flamengo e Ronaldinho.
O torcedor gremista esperou 10 anos para despejar toda a sua mágoa sobre Ronaldinho. Ontem, milhares de bocas vaiaram intensamente o ex-ídolo como jamais se vira, antes, na história do futebol brasileiro e, talvez, mundial. O sapo estava atravessado nas gargantas gremistas. Ontem, o bicho desceu.
Saimon deixou-se influenciar pelas arquibancadas, cometeu falta grave sobre Ronaldinho, recebeu cartão amarelo e, por isso, foi substituído no intervalo. Sua punição organizou a defesa.
Parece definitivo: Gilberto Silva não tem mais velocidade para jogar no meio-campo, mas como zagueiro dá ótima resposta. Adílson, quando é escalado como meia, é um fracasso absoluto. Porém, quando joga na sua, primeiro volante, é titular.
Douglas deu show, é o mínimo que cabe dizer. Pelos seus pés passaram as principais jogadas ofensivas do Grêmio. Para completar sua espetacular atuação, marcou mais do que um gol: golaço.
Miralles entrou e marcou o gol mais bonito do jogo. Roth diz que não enxerga o argentino nos treinos. Não precisa. Tem que enxergar em jogos. Mas para ser visto, Miralles tem que jogar.
A torcida gremista foi exemplar. Vaiou, expôs faixas, mas nunca ultrapassou os limites da civilidade. Ronaldinho suportou em silêncio a pressão das arquibancadas. Como cabia, aliás.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista.
Wianey por Rosane:
"Ele é o multimídia incansável. Trabalha sete dias por semana e briga com tanta convicção por suas ideias que eu não sei de onde tira tanta energia."
Wianey por David:
"Quando o Wianey chega agitado aqui, no Esporte da Zero, a gente já sabe: a coluna dele vai provocar jogadores, técnicos, torcedores, juízes, todo mundo. O problema é que o Wianey chega todos os dias agitado aqui, no Esporte da Zero."
Wianey por Sant'Ana:
"Wianey Carlet, o Torquemada dos treinadores."
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