Wianey Carlet

Domingo, como acontece em quase todos os jogos do Inter, Dorival Júnior socorreu-se de Ilsinho quando perdia o jogo e precisava reforçar o ataque. Trata-se de uma preferência inexplicável. Trata-se de um jogador que desperdiça energia como poucos. Roda, gira e se movimenta sem qualquer consequência. É um navio petroleiro para carregar uma lata de azeite. Chamá-lo quando o time precisa fazer gols é quase uma insanidade. Alguém lembra do último chute a gol de Ilsinho? Pois é, mas Ilsinho está sempre aquecido para entrar. E João Paulo, o jovem e dinâmico meia-atacante, nem para o banco de reservas foi relacionado, domingo. Ah, os treinadores e suas estranhas predileções…

Foi divulgado em São Paulo que o Grêmio, para ter Kléber, estaria disposto a ceder o goleiro Victor ao Palmeiras. Não houve, até agora, confirmação oficial desta intenção, mas, se acontecer, não será surpreendente. Victor, desde que foi convocado pela primeira vez, vem alternando alguns jogos com grandes defesas suas com falhas que se renovam na maioria das partidas. Sábado, em Minas Gerais, o goleiro gremista falhou nos dois gols do Galo Mineiro. No primeiro, rebateu a bola para frente, falha técnica grave, e o segundo estava adiantado, mal posicionado. Enquanto isso, Marcelo Grohe segue aquecendo o banco de reservas.

Não existe enigma algum, sobram explicações. O Inter não disputará o título deste ano e, provavelmente, sequer se classificará para a Libertadores porque é menor do que pensamos, todos: clube, torcida e imprensa. Existe um time no Beira-Rio para ser o sétimo, sexto ou oitavo do campeonato. Ninguém é mais sétimo do que o Inter, Já criou raízes nesta posição. Basta se desligar da idéia de que o time é muito bom e o elenco maravilhoso para se perceber que a equipe é, apenas, média e o grupo de jogadores cheio0 de limitações. A defesa é razoável, o meio-campo depende de D’Alessandro - e ninguém consegue ser bom em todos os jogos –  e o ataque dependia de Leandro Damião que vai encerrar a temporada buscando recuperar suas virtudes técnicas e atléticas. Esta é a realidade colorada. Erramos todos nas avaliações. Embora, já tivéssemos sido alertados pelo treinador do início do campeonato que avisou: o Inter não tem time para brigar pelo título. Nem pela Libertadores, objetivo cada vez mais improvável.