Nós, brasileiros, somos mesmo imbatíveis na soberba e presunção. Tivemos a petulância de anunciar Santos e Barcelona como sendo o jogo que o mundo esperava para ver. Fizemos pior: colocamos a dúvida: Messi ou Neymar? Antes disso, chegamos a classificar o Santos como uma grande equipe. Recebemos uma lição inesquecível. Nunca, um time sul-americano sofreu goleada igual em uma decisão de Mundial de Clubes.
O Barcelona é o melhor time do mundo e o Santos se destaca no depauperado futebol da América do Sul. Quanto ao Neymar, trata-se de um bom jogador com potencialidades para se tornar craque, que ainda não é. Para ingressar nesta categoria especial de futebolistas, terá que ser testado contra adversários fortes, como aconteceu neste domingo.
O Barcelona liquidou com o ufanismo brasileiro. O time espanhol é muito melhor, começando pelo treinador. Muricy Ramalho está envelhecendo sem aprender que não se deve fragilizar o meio-campo para robustecer, ilusoriamente, a defesa. Começar com três zagueiros foi uma prova de burrice insuperável. Contra o Barcelona, é preciso jogar no 4-6-0 para ter alguma chance de encarar um adversário onde todos jogam no meio e no ataque. Muricy, “espertamente” facilitou o trabalho dos espanhóis no setor central, atraindo-os para o seu campo defensivo.
Resumindo: o Santos não é um grande time e Neymar ainda terá que percorrer longa estrada para se tornar um craque. Simplificando: ainda não está pronto, realidade que ficou provada hoje e, certamente, incomodará muito quem já o julgava super-craque e desdenhava de quem dizia que ele ainda era um craque em construção. A goleada aplicada pelo Barça anima os colorados que proclamam: só o Inter derrota o Barcelona.
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