
Eu já considerava o Grêmio favorito, ainda que levemente, para o Gre-Nal de domingo. Fundamentava minha convicção em, basicamente, uma circunstância: o Grêmio já mostrou, este ano, que consegue concentrar força de superação como o Inter ainda não demonstrou ser capaz. E superação é combustível essencial para vencer clássicos.
Agora, tenho mais motivos para reforçar meu pensamento: enquanto o Grêmio desfruta uma semana inteirinha para se preparar para o jogo e recuperar quem precisa ser recuperado, o Inter desgastou-se em um jogo decisivo contra o Fluminense e ainda aumentou as suas perdas, que já eram significativas e agora castram metade do time colorado.
Não estou garantindo vitória do Grêmio, o futebol é sempre capaz de produzir resultados surpreendentes. Porém, o Gre-Nal acentua desigualdades que exigiriam comportamento heroico do Inter para superar o Grêmio. Em favor do time de Dorival, apenas o fator local.
O Grêmio não terá Kleber e Júlio César, desfalques importantíssimos, sem dúvida. O Inter, entretanto, não terá D´Alessandro, Oscar, Kleber, Nei e, provavelmente, Dagoberto. Sem considerar as deficiências físicas que não recomendam a escalação de Tinga em dois jogos fortes, consecutivamente e em curto período.
O fator local não compensa tanta desvantagem. Aliás, o Inter foi campeão de 2011 jogando no Olímpico e no último clássico, realizado no Beira-Rio, o Grêmio venceu. Local, em Gre-Nal, importa pouco. Vanderlei Luxemburgo leva o favoritismo para a decisão de domingo.
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