Wianey Carlet

Fábio Koff é o presidente que deu ao Grêmio os seus maiores e mais importantes títulos. Ninguém foi tão vencedor quanto Koff. Trata-se do dirigente melhor preparado no país para comandar clubes ou outras instituições do futebol. Seria uma besteira inominável pensar que o novo presidente do Grêmio não saiba que manter Vanderlei Luxemburgo é imprescindível. Ele sabe, é claro. Então, por que reluta em aceitar os termos propostos pelo treinador para a renovação do contrato?

Não será, certamente, porque o Luxa deseja seguir ganhando o mesmo que ganhou, em 2012. Obviamente, as pretensões financeiras do profissional deixaram Koff de cabelos em pé. Ele está tentando negociar termos menos pesados pelo Grêmio, mas acabará tendo que ceder. A torcida está cega pelo trabalho, verdadeiramente bom, de Luxemburgo. Quer que o Grêmio renove o seu contrato, custe o que custar. Koff terá que ceder. Está nas mãos de Vanderlei Luxemburgo.

Não faz tanto tempo assim que os fatos tenha se perdido na memória. A Parmalat patrocinava o Palmeiras e os erros de arbitragem e benesses da CBF amparavam o clube paulista a ponto de vicejar na opinião pública brasileira que existia um claríssimo “esquema Parmalat”. Luiz Felipe Scolari treinava o Grêmio e foi quem deflagrou este sentimento. Até hoje não ficou comprovado que a patrocinadora multinacional alimentava um “mensalão” em favor do Palmeiras.

A dúvida, entretanto, sobreviveu e, talvez, se eternize. Neste momento, quando jogadores do Fluminense começam a ser convocados somente após o clube carioca garantir o título do Brasileiro, justifica-se perguntar: existirá o “esquema Unimed” favorecendo o Flu? Durante a temporada inteira clubes brasileiros foram prejudicados com constantes convocações de seus melhores jogadores.

O Fluminense, entretanto, passou ao largo destes prejuízos. De repente, alguns dias após a conquista do título, as Laranjeiras entraram no mapa da CBF. Para o Superclássico, nada menos do que cinco jogadores do Fluminense foram convocados. Por que só agora?