Grandes construtoras, casos da OAS e Andrade Gutierrez, estão acostumadas a descumprir prazos nas suas obras, notadamente se forem estatais. Faz parte do negócio, está no DNA das empresas. Não deveria surpreender, portanto, que a OAS não tivesse cumprido o prazo estabelecido para entregar a Arena ao Grêmio. As causas devem ser várias, principalmente o compromisso de finalizar a obra em prazo exíguo demais. Neste caso, teria concorrido, especialmente, o próprio Grêmio. A pressa também era da construtora, pois a entrega do Olímpico sempre esteve subordinada à conclusão da Arena. A OAS deve estar ansiosa para colocar o Olímpico abaixo e iniciar as construções que lhe renderão grandes lucros. O atraso pode, até, não ter culpados. Ou muitos responsáveis, tudo é possível.
Não é possível responsabilizar a OAS de ter atrasado a conclusão da Arena por desejo de economizar gastos com mão de obra. Em grande parte do ano passado, mais de três mil operários trabalharam em até três turnos. Um verdadeiro formigueiro humano operava no canteiro de obras da Arena. Se não foi possível concluir a construção deve ter sido porque a obra não cabia no período previsto.
Não existem correções de grande monta a serem feitas na Arena. Como as autoridades colocaram as precariedades com absoluta clareza, certamente a OAS cumprirá o que foi estabelecido pelo Termo de Ajustamento de Conduta, em poucos dias.
A grande dificuldade a ser superada, aparentemente, está ligada ao que será feito no espaço da Geral que estava destinado a Avalanche. Se os Bombeiros continuarem exigindo a colocação de cadeiras para só então liberar a Arena, a OAS terá que adquirir este assunto,
aumentando as suas despesas e diminuído os ganhos, uma vez que diminuirá a capacidade do estádio. Terá que ser feito um novo aditivo no contrato, imagina este blogueiro.
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