Wianey Carlet

A seguir, uma amostragem do que estão falando torcedores gremistas a respeito do seu time. O desgosto parece ser generalizado:

 “Na última passagem de Renato pelo Grêmio ele brigou com o Borges e o Grêmio acabou dispensando o centroavante. Alguns meses depois, Paulo Odone mandou Renato embora. Agora, parece se repetir a história com Zé Roberto. Ele vai embora porque ficar na reserva de Adriano e Matheus Biteco é dose – (Mauro Luiz)”.

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 “Pelo amor de Deus…alguém da direção do Grêmio tem que encostar no Renato, está muito previsível o nosso time – (Adriano Wizer)”.

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 “O Renato fala tanto do Barcelona, porque não joga também sem atacante. Mas, Aguentar o Mamute e o Paulinho é dose, deixando o Maxi Rodrigues no banco. Acho que renovar com o Renato podem esperar um pouco mais, mesmo achando que vamos passar pelo Atlético/PR que não é lá grande time – (Sergio Cobalchini de Encantado/RS”.

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 “Por favor, alguém sabe me dizer o que aconteceu com Renato Portaluppi?  Eu gostaria de saber onde foi parar aquele treinador que  encantou o Brasil quando chegou ao Grêmio em 2010 e armou um time vocacionado para o ataque, um time que buscava

incessantemente o gol. Um time ousado, que brigava pela vitória sempre. Cadê? Por acaso aquele Renato foi abduzido e colocaram um impostor em seu lugar? – (Eduardo Peres)”.

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 “Acho que chegou a hora de Renato Parar de brincar com a torcida do Grêmio. Elano, Maxi e Zé Roiberto no banco?! Por favor, mandem para o Juventude ou qualquer time da terceira divisão Mamute, Lucas Coelho, Werley, os Bitecos. Devolvam, por favor,

Alex Telles. O Souza pode entrar neste pacote. Estou sendo paciente com Pará, Ramiro, Kleber, Barcos e Bressan. Presidente Fábio Koff, estou com nojo de ver o Grêmio jogar. Traga um treinador de verdade e jogadores de futebol, não simplesmente atletas – (Mario Guido Mondin Pinheiro Machado)”.

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 “Wianey, em qualquer empresa, o dono ou a direção superior jamais deixarão um subordinado conduzir trabalhos que a razoabilidade indicam não ser a melhor opção. No Grêmio sim. O treinador pretere jogador um qualificado como Zé Roberto  e, ao

mesmo tempo, decreta a extinção da figura do meia armador, sujeitando o time a jogar como time pequeno que procura se defender e – se a sorte permitir – marcar gol em jogada ocasional. Enquanto Paulo Baier (Atlético Parananese), Alex (Coritiba) e Seedorf

(Botafogo) dão show nos gramados e lideram seus times no Grêmio a estrela máxima amarga a reserva, em face da teimosia do treinador e da omissão da direção em questionar-lhe os métodos de trabalho. A propósito, nenhum dos três grandes jogadores

citados seria titular no Grêmio treinado por Renato. Perdemos a copa do Brasil anterior porque se deu liberdade total ao Luxemburgo. Será que vamos reincidir no erro? Parece que dois anos desfrutando da orla de Ipanema não fizeram bem a ele.

Por fim, beira ao ridículo a utilização de luvas em qualquer friozinho mixuruca. Armador aqui e agora, antes que seja tarde demais – (Sérgio Lender)”.

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 “O Grêmio, com seu jogo tosco, teve apenas uma oportunidade de gol em todo jogo. Dá-se ao luxo de deixar no banco um jogador criativo como Zé Roberto, isto que precisava ganhar. Os zagueiros , sem ninguém a pressioná-los, recebiam a bola e davam chutões

para frente. Neste time ninguém domina a bola, são dão chutões, aliás, é o time dos chutões. E de onde saiu este Paulinho ? Agora estão convocando a torcida para a Arena, já que, ao que parece, é a torcida que ganha os jogos… Haja coração e saco… – (Jorge)”.

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 “Onde está a solidez da zaga e do time do Grêmio, tomamos 5 gols e não fizemos nenhum nos dois jogos em Curitiba. O Renato é teimoso e arrogante, deixar Zé Roberto no banco já é um erro, agora não colocar em campo e preterir o Zé Roberto para usar o Paulinho é brincar com a ira dos deuses e dos torcedores gremistas – (Sérgio Nunes”.

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“Ele voltou, mais deslumbrante, arrasador, irresistível: O BALÃO. A zaga do Grêmio deveria ser presa por descumprir a lei.Aliás, como continua tomando gols, sugiro ao Renato mais um esquema: 1 x 10 (zagueiros). Um

bailão comanda do pelo guri Paulo Baier, enquanto o Zé Roberto cansou de tanto esquentar o banco. Mamute, realmente é um animal extinto – (Edison Bittencourt-Floripa)”.

 Haveria mais algumas centenas de e-mails enviados por gremistas inconformados com Renato e suas decisões.

Foto: Andréa Graiz/Agência RBS

Repito o que o mundo já sabe: Renato Portaluppi é um extraordinário mobilizador de vestiário e incontestável liderança. Seria um treinador perfeito, ou quase, se não insistisse em afrontar a lógica, organizando um time sem

meio-campo. Existem diferenças entre volantes que quase se matam correndo para tentar cumprir múltiplas funções de armadores com técnica e visão de jogo que fazem o jogo fluir entre a defesa e o ataque. O Grêmio é como

pão sem miolo, só tem casca. Minha caixa de e-mails entope após a maioria dos jogos, mesmo com vitória, com manifestações de gremistas desgostosos com a teimosia de Renato. Ninguém aceita a preterição de Zé Roberto e o

escasso aproveitamento de Elano. O Grêmio está avançando nas competições sem jogar futebol. O sucesso do time se explica pelo esforço desumano a que são submetidos Ramiro, Riveros e Souza, por individualidades que, às

vezes, fazem os minguados gols da equipe, alguns milagres de Dida e muita, muita sorte. Apesar das “novidades” de Renato, o Grêmio tem boas possibilidades de ser campeão da Copa do Brasil. Se for, não me perguntem como aconteceu. Nunca vi nada igual.

Perder por um a zero não foi nenhuma tragédia, para o Grêmio. Mas, a maneira como aconteceu a derrota deveria preocupar Renato. Não acontecerá. O Grêmio entrou em campo com o objetivo claro e exclusivo de não perder.

Sem contar com os três atacantes titulares, o treinador do Grêmio lançou mão de Lucas Coelho e Mamute. Os dois jovens atacantes não conseguiram jogar. Orientados a recuar para ajudar na marcação, quando a bola chegava no

ataque era através de chutões que beneficiavam a defesa do Atlético. O rendimento do Grêmio só melhorou quando Elano substituiu Lucas Coelho, aos 15 minutos da etapa final. Só a partir deste momento é que o Grêmio

começou a jogar. Elano quase marcou de cabeça e levou o Grêmio a pressionar o Atlético, até o fim do jogo. Com um armador de ofício, o time de Renato virou time. A decisão se dará na Arena e o Grêmio é favorito para levar uma vaga para as finais.

Em São Paulo, é forte a insistência de que Leandro Damião será vendido ao Corinthians. Nas margens do Guaíba nada se confirma. Se este negócio acontecer, seria a maior frustração dos últimos tempos. O Inter rejeitou oferta

de 18 milhões de euros garantindo que não venderia Damião por menos de 25 milhões de euros. A seqüência da história é conhecida: Damião se lesionou, perdeu espaço na Seleção Brasileira e não recuperou, até hoje, a

capacidade de marcar gols que o fizera respeitado e admirado até fora do país. A sua transferência para o Corinthians só merece ser tratada porque são muito fortes as especulações, em São Paulo, que este negócio

caminha. Este blogueiro não compartilha a certeza dos paulistas. Giovanni Luigi acredita que Damião se recuperará, voltará a marcar muitos gols e acabará rendendo ao clube os 25 milhões de euros desejados.

Perguntinha: e se Inter e Corinthians planejam trocar, por empréstimo, Alexandre Pato por Leandro Damião? Os dois jogadores estão mal, nos seus clubes. Quem sabe melhoram mudando de endereço?

Ainda acredito que Abel Braga será o treinador do Inter, em 2014. Ele falou demais, é verdade. Mas, como não se dar excessivo valor se só faltou ao Inter ajoelhar-se diante de Abel, quase implorando que ele aceitasse treinar o Inter,

desde já? Agora que Abel voltou de férias cheio de vontade de treinar o Inter, restou aos dirigentes fazer beicinho e endurecer. Se não, Abel chegará dando ordens ao presidente Luigi. Neste momento, o treinador está se achando a

última bolachinha do pacote. Giovanni Luigi precisa mostrar ao Abel quem é que manda no Inter. Mas, como o clube está acima destas questões, seria recomendável que o Inter já começasse a preparar o seu futebol para 2014. Se esta

tarefa for deixada para dezembro, é certo que o primeiro semestre será consumido com vendas, dispensas, trocas, etc.

É estarrecedora a informação contida na matéria do repórter Luís Henrique Benfica, publica hoje em ZH. Se o Grêmio chegar ao fim desta temporada acumulando mais de R$ 90 milhões de déficit no ano, estaria, tecnicamente, a

beira da falência. O presidente Fábio Koff terá que encontrar uma maneira de diluir no tempo tamanho prejuízo ou não conseguirá mkanter, em 2014, um time de primeira linha. Na verdade, Grêmio, Inter e a maioria dos clubes

brasileiros precisam acordar para a realidade, antes que seja tarde demais. Estão postulando em Brasília perdão pelas suas dívidas enquanto acumulam mais passivos. Juízo, que é bom, não se percebe nos dirigentes. É urgente uma lei

que proiba os clubes de gastar além das suas receitas. Esta deveria ser uma política espontânea e permanente mas os dirigentes brasileiros, infelizmente, cedem sempre às pressões periféricas e saem gastando o que não têm.

Depois da entrevista concedida por Abel Braga e publicada em ZH de hoje, não ficou uma única dúvida: Abel será o treinador do Inter na próxima temporada. Não é a melhor notícia para Clemer.

Abel gostaria de acertar-se com o Inter agora. O treinador dispõe-se a vir à Porto Alegre para examinar o elenco e encaminhar providências para o ano que vem. Abel está mostrando o caminho para os dirigentes colorados.

Giovanni Luigi está com a faca e o queijo à mão. Deixar para definir o treinador apenas no fim do ano significaria perder tempo que o Inter não tem para promover a reforma geral do time. A do estádio está quase pronta mas não será suficiente para 2014. É preciso haver um bom time para justificar o novo estádio.

Tão importante como saber por que se perde é saber por que se ganha. Renato Portaluppi parece desconhecer as causas do sucesso e do fracasso. Pensar que Adriano e Matheus Biteco, apenas porque são volantes, poderiam repetir o que fazem Souza e Ramiro é

confessar pleno desconhecimento das razões que sustentam a boa campanha do Grêmio. Adriano não amarra um cadarço de Souza e Biteco jamais repetirá o que Ramiro faz com naturalidade: marcar, armar e atacar. Se Renato soubesse, não deixaria Zé Roberto e

Elano na reserva. O esquema tático inventado pelo treinador gremista caiu do céu e até hoje Renato parece desconhecer que o mostrengo tático que criou só funciona porque os três volantes, Souza, Riveros e Ramiro são múltiplos. Como o treinador não sabe, pensa que basta escalar três volantes para o esquema funcionar. Acorda, Renato!

Renato precisa despir-se da soberba de que está possuído, deixar de achar-se um Michelangelo ou continuará tropeçando no seu empinado nariz. Para levar um time a conquistar títulos não basta ser carinhoso com os seus jogadores e indulgente com as suas gabolices. É preciso sabedoria.

Fiasco, vexame, ridículo, vergonha, qualquer adjetivo depreciativo cabe para conceituar a atuação do Grêmio em Curitiba. Renato mandou para o jogo uma escalação inesperada, deixando no banco titulares importantes. Foi mal

e ainda teve o azar de Pará marcar gol contra antes mesmo que o Grêmio tocasse na bola. Alguns minutos, segundo gol do Coritiba. Começar perdendo por dois a zero foi dose suficiente para entortar o Grêmio e assim permanecer

até o fim do jogo. Foi um dos piores desempenhos do time de Renato em toda a temporada. Adriano e Matheus Biteco substituíram Souza e Ramiro enquanto Elano e Zé Roberto ficavam sentados no banco. Tudo errado. Renato

manteve o trio de atacantes titular e todos fracassaram. Efeito da derrota: o Grêmio perdeu a vice-liderança e terá que lutar muito pela vaga direta na Libertadores.

Pará marcou um gol contra e não suportou os dribles de Geraldo. Aos 21 minutos da etapa final deu um carrinho criminoso em Geraldo e foi para o vestiário. Foi uma jornada totalmente infeliz de Pará.

Renato Portaluppi insiste em elogiar Barcos – até nomeou-o capitão do time – mas substituiu o argentino em todos os jogos. Em Curitiba, não foi diferente. Barcos está em fase tão ruim que não consegue dominar a bola e, tampouco, ficar em pé. Em qualquer dividida, Barcos cai.

O Inter perdeu tendo um dos seus melhores rendimentos dos últimos tempos. Clemer encorajou-se a escalar seu time com apenas um volante e o que se viu foi um time mais leve, rápido, chegando ao ataque muitas vezes,

fazendo dois gols e desperdiçando outro tanto de oportunidades. O resultado aborreceu os colorados mas foi bom ver dois times jogando para ganhar, sem excessivas precauções defensivas, como já se tornou rotina no futebol

gaúcho. O G4 ficou mais distante, quase fora do campo de visão colorado. Mas, as causas vêm desde o início do Brasileirão. O Inter preparou-se mal, descuidou-se de reforçar a equipe e não foi feliz nas contratações. Nada é por acaso.

O Inter perdeu por três a dois mas está autorizado a reclamar da arbitragem que foi decisiva no resultado do jogo. No primeiro gol do São Paulo, Aloísio estava impedido e a sua posição irregular não foi percebida pela arbitragem.

Mais tarde, na etapa final, Jorge Henrique foi derrubado dentro da área e o árbitro entendeu que a falta fora cometida fora da área. Erro que tirou do Inter um pênalti que poderia significar o gol de empate. Árbitros erram, é normal, mas desta vez os dois erros capitais da arbitragem inverteram o resultado do jogo.

Leandro Damião saiu do futebol varzeano e ingressou diretamente no profissionalismo sem passar pelas categorias de base onde se aperfeiçoam os fundamentos. O Inter deveria providenciar um treinador exclusivo para Damião

que faça o atacante aprimorar aptidões fundamentais para um jogador de futebol. Leandro Damião é como um homem que chega a idade adulta sem ter curtido a infância.

As semifinais da Copa do Brasil reunirão Grêmio, Atlético Paranaense, Goiás e Flamengo. Sem querer puxar o braseiro para o churrasco gaúcho, é quase um dever considerar o Grêmio favorito para vencer esta competição.

Nenhum dos outros três disputantes está acima do Grêmio, sequer no mesmo patamar. Os vendedores já podem providenciar matéria prima para confeccionar as faixas tricolores.

O Gre-Nal nas semifinais da Copa do Brasil fica para outra ocasião. O Inter não conseguiu o resultado que precisava e está fora da competição. Poderia ter vencido em Curitiba, mas Rafael Moura desperdiçou uma oportunidade única de marcar. Para o Inter, o ano

acabou. Diferente foi a noite do Grêmio. Mais uma vez os times de Renato e Tite empataram. Em três confrontos, só um gol foi marcado. Grêmio e Corinthians justificaram as suas especialidades defensivas. Foi na decisão por pênaltis que apareceu o grande herói da noite.

Dida, que demorou um largo período para defender o seu primeiro pênalti com a camisa Grêmio, ontem defendeu três e garantiu a classificação para as semifinais da Copa do Brasil. O Grêmio especializou-se em ganhar esta competição. É mais uma vez candidato a

erguer o troféu. O Grêmio poderia ter decidido tudo em dois lances desperdiçados, incrivelmente, por Vargas. Em dois momentos, ficou à frente do gol e não fez. Não era a sua noite. Acabou sendo expulso. Mais de 35 mil gremistas foram à Arena e saíram festejando a classificação.

Se o confronto entre Atlético-PR e Inter fosse três semanas atrás, eu não hesitaria em apontar o time paranaense como favorito para ficar com a vaga para as semifinais da Copa do Brasil. Entretanto, o Atlético já desfrutou melhor

momento na temporada e o Inter atravessa fase de pleno crescimento. Algumas mudanças nominais na escalação colorada, nova proposta tática de Clemer e revigorada autoestima de todos autorizam que se aposte no Inter. A

chance colorada é boa, acreditem. Talvez, muito boa, até.

É possível que o Gre-Nal tenha me empolgado além da conta mas penso que o Grêmio jogou o suficiente para se colocar como favorito diante do Corinthians, esta noite. É fato conhecido que o futebol, muitas vezes, corrompe a

lógica e produz surpresas. No caso desta decisão entre Grêmio e Corinthians, as duas equipes já mostraram o suficiente para se estabelecer uma projeção com razoável possibilidade de acerto. Seja considerando as campanhas

de Grêmio e Corinthians, confrontos diretos ou momento, qualquer critério indica que o Grêmio está alguns pontos acima do Corinthians. E como o time de Renato Portaluppi parece ter aprendido a lição de como se joga decisão, não

me parece exagerado prever vitória gremista, hoje, na Arena.