Afinal de contas, quem deveria arcar com os gastos das estruturas temporárias? Dizem que existe um contrato firmado pelo Inter com a FIFA ou o COL ou a CBF no qual o clube se compromete a cobrir os custos necessários. Dizem, porque deste documento ninguém sabe, ninguém viu.
Dizem que existe outro documento responsabilizando Inter, Prefeitura Municipal e Governo do Estado a partilhar as despesas relativas às estruturas temporárias. Dizem, porque também este documento permanece entocado em algum cofre.
Enquanto o assunto permanece sem esclarecimento definitivo e cabal, todo o mundo fala, discorda, concorda e, no fim, fica o dito pelo não dito.
No começo de tudo está o contrato feito entre o governo brasileiro e a FIFA. Não se sabe se nele está escrito que nos estádios privados as despesas com as tais estruturas teriam que ser cobertas pelos proprietários dos estádios enquanto nos estádios estatais tudo seria pago com recursos públicos. Se este esclarecimento tivesse sido feito, duvido que algum estádio particular estivesse inscrito entre aqueles que receberiam jogos pela Copa.
O Brasil nunca deveria ter se candidatado para ser sede do Mundial 2014. Só em construção e reforma de estádios, já foram consumidos cerca de R$ 10 bilhões. E isso que anunciaram e garantiram que nenhum centavo sairia dos cofres públicos, tudo seria custeado pela iniciativa privada.
Os gaúchos arcarão com R$ 30 milhões, uma ninharia se confrontado este valor com os bilhões já comprometidos pelos governos estaduais, federal e municipal. Estima-se que o incremento na arrecadação de impostos durante a Copa pague as estruturas temporárias e ainda sobre uma boa grana para os governos do Estado e de Porto Alegre. E agora, não importa mais conhecer o conteúdo dos contratos secretos.
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