Por Paulo Renato Rodrigues, Conselho de Blogueiros
Uma importadora de vinhos com matriz no bairro Floresta promoveu, na quinta-feira, uma apresentação para jornalistas dos vinhos biodinâmicos da tricentenária e premiada vinícola Avondale, da África do Sul.
Com foco na preservação do ambiente, a vinícola utiliza práticas orgânicas para combater pragas e enriquecer o solo. Ao invés de produtos químicos, patos são usados para controlar a disseminação de insetos que atacam os parreirais. Para enriquecer o solo, minhocas substituem o uso de fertilizantes químicos, entre outras técnicas que buscam manter o equilíbrio do ecossistema dos vinhedos.
Entrevistei o jovem e entusiasmado dono da Avondale, Johnathan Grieve, que cumpre agenda apertadíssima no Brasil:
Blog da ZH Moinhos _ Sabe-se que Alemanha, França e Espanha também têm seus vinhos biodinâmicos. Isso já é uma tendência?
Johnathan Grieve _ Na verdade, esse movimento começou na Alemanha. Nós focamos no biológico, com certificado orgânico. A tendência é, realmente, cada vez mais produtos naturais, com sustentabilidade. Não vai ser todo mundo indo nessa direção, mas sim nichos que vão crescer, mantendo qualidade com o terroir característico de cada região.
Blog da ZH Moinhos _ A África do Sul é o nono maior produtor de vinhos do mundo. Qual será o foco?
Johnathan Grieve _ Não vamos crescer muito em volume, mas cada vez mais em qualidade, pois isso é o que realmente é percebido pelo cliente.
Blog da ZH Moinhos _ Por que apostar no Brasil?
Johnathan Grieve _ É um mercado muito importante, porque está em crescimento econômico. O tamanho da população e a ascensão da renda são fatores que atraem muito. A Europa, por exemplo, está estagnada. Além do mais, aqui, nota-se um crescimento na cultura do consumo de vinhos.
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