Há cerca de 15 dias, a direção da Escola de Educação Infantil Amigo recebeu uma notícia nada amistosa. Por ordem judicial, deveria deixar o imóvel que ocupa há 20 anos na Rua Armando Barbedo, na Tristeza. A medida é resultado de um processo que tramita desde o ano passado na 1ª Vara Cível do Foro da Tristeza. A dona do imóvel pede o pagamento de aluguéis atrasados e ainda discute o valor pago em pelo menos três meses de 2013, que teria sido menor do que o acertado.
O despejo ocorreria na terça-feira passada não fosse a mobilização de pais e professores e um pedido, feito às pressas pela advogada da instituição, Vanessa Codonho, para que a Justiça desse mais prazo para a escola se organizar. Com o apoio das famílias, a direção conseguiu os R$ 28 mil _ referentes ao que seria o débito atualizado _ exigidos pela Justiça para que fosse suspensa a ação de despejo.
- Levamos um susto. Atendemos 60 famílias e temos crianças que estão conosco desde os quatro meses de idade. Não tínhamos como mudar de uma hora para a outra – comentou a diretora Viviane Becker Machado.
Uma das advogadas da dona do imóvel, Flaíza Beier Cavedini disse que o valor depositado pela escola nesta semana, referente ao débito atualizado, será contestado e ressaltou que o despejo não foi uma medida repentina.
- Eles (os administradores) estavam cientes disso há muito tempo. A ação (de despejo) foi decretada em outubro do ano passado – ponderou.
A direção da escola reconhece que houve falhas de comunicação entre a instituição e seus antigos representantes jurídicos. Agora, pretende colocar em dia todas as pendências com a dona do imóvel. Pela decisão, em caráter liminar, do juiz Mário Roberto Fernandes Corrêa, além da suspensão do despejo, ficou determinada uma audiência de conciliação para 13 de junho.