Com o ciclo O Cinema no Debate Internacional, o Cineclube Lanterninha Aurélio exibe o capítulo Racismo: a Cor do Dinheiro do documentário Racismo: uma História, produzido pela rede BBC.
A sessão de cinema será nesta segunda-feira, às 19h, na Cesma (Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria, na Rua Professor Braga, 55). A entrada é gratuita.
Sinopse: O episódio mostra a Revolução do Haiti, a primeira revolução escrava bem sucedida da história. Traz uma visão de como o Haiti era uma grande colônia, considerada por muitos a mais rica das América, e logo após a revolução, com a independência dos escravos, passou a ser o país mais pobre do hemisfério norte. O vídeo mostra da exploração e escravatura dos chamados “povos inferiores”.
Um dos aniversariantes do mês ganha ciclo de filmes em homenagem. O escritor Stephen King completa 65 anos com centenas de lançamentos literários na ficção de suspense e terror. Portanto, o Cineclube Lanterninha Aurélio selecionou quatro filmes inspirados na obra do autor para serem exibidos nas sessões de segunda-feira.
Nesta segunda, dia 3, rola o clássico O Iluminado (1980), dirigido por Stanley Kubrick e estrelado por Jack Nicholson. O cineclube funciona às 19h, no auditório da Cesma (Professor Braga, 55), com entrada gratuita.
Confira as próximas sessões do ciclo Stephen King deste mês:
Dia 10 – Carrie – A Estranha (1976, de Brian de Palma)
Dia 17 – Louca Obsessão (1990, de Rob Reiner)
Dia 24 - Um Sonho de Liberdade (1994, Frank Darabont)
Nesta segunda-feira, 12, o Cineclube Lanterninha Aurélio inicia uma programação em homenagem ao Dia do Cinema Gaúcho (comemorado em 27 de março). As exibições ocorrem nas segundas-feiras, às 19h, no auditório da Cesma (Rua Professor Braga, 55). A entrada é gratuita.
O ciclo deste mês inicia com o longa-metragem Antes que o Mundo Acabe (2009), de Ana Luiza Azevedo:
Sinopse de Antes que o Mundo Acabe, que será exibido nesta segunda-feira:
Daniel é um adolescente crescendo em seu pequeno mundo com problemas que lhe parecem insolúveis: como lidar com uma namorada que não sabe o que quer, como ajudar um amigo que está sendo acusado de roubo e como sair da pequena cidade onde vive. Tudo começa a mudar quando ele recebe uma carta do pai que ele nunca conheceu. Em meio a todas essas questões, ele será chamado a realizar suas primeiras escolhas adultas e descobrir que o mundo é muito maior do que ele pensa.
Neste mês, o Lantenrinha Aurélio exibirá também: Curtas do Prêmio Iecine (Cortejo Negro, de Diego Muller; Um Estrangeiro em Porto Alegre, de Fabiano de Souza e Cidade Fantasma, de Lisandro Santos) e o documentário Morro do Céu, de Gustavo Spolidoro.
Uma nova banda mostra a cara como se estivesse abrindo as cortinas do palco. É a Geringonça, que faz um som desencanado, um tanto doido, com uma pegada brazuca e anárquica que remete inevitavelmente aos Mutantes. E há o elemento cênico — meio circo, meio mambembe.
Então é de se esperar que a apresentação desta quinta-feira, no auditório da Cesma, seja, na verdade, um espetáculo cênico-musical. O show, que começa às 21h, será o momento de estreia da Geringonça para o grande público.
O grupo é formado pelos artistas (ou personagens?) Palhaço Zuli, Grilo Cantor, Pedaço da Natureza, Ivan Kchovski, Voodoo e Julián Ramirez.
Essa turma está envolvida no projeto há três anos. Daí a expectativa de que o que vem aí não ficou pronto ontem. O grupo tem 16 canções próprias que fazem uma inclassificável mistura de estilos — a comparação-elogio em relação aos Mutantes.
Os ingressos antecipados a R$ 10 estão sendo vendidos pelos integrantes (procure por Geringonça no Facebook). Na hora, a entrada custa R$ 12. O auditório da Cesma tem 200 lugares.
Abaixo, uns sons disponibilizados pelo chapa Marcio Grings.
Hoje será inaugurada a nova sala de exposições da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria, a famosa Cesma. A partir das 18h, com a exposição Aquarela.
Com direção de Dílson Cechin e Marilia Chartune, a mostra reúne um grupo de artistas interessados no estilo de pintura em aquarela.
A exposição fica aberta em horário comercial. Entrada é Grátis.
Falando em Cesma, hoje, às 19h, tem sessão no Cineclube Lanterninha Aurélio. Encerrando o ciclo de filmes do diretor italinano Bernardo Bertolucci, hoje rola O Último Tango em Paris.
O filme é uma das obras-primas do diretor, que conta com atuação de Marlon Brandon. A clasificassão é de 14 anos.
O Cineclube Lanterninha Aurélio, da Cesma, promove sua primeira sessão em novo dia da semana. Agora, as exibições serão realizadas nas segundas-feiras e não mais nas quartas-feiras.
O horário segue o mesmo, às 19h, com entrada grátis. O cineclube funciona no Auditório da Cesma, na Rua Professor Braga, 55.
Dentro do ciclo Comédias Italianas, nesta segunda-feira será exibido Parente… É Serpente (Parenti Serpenti, 1992), do italiano Mario Monicelli, morto em novembro de 2010.
Se o rock já é um clássico, o mesmo se pode dizer do ciclo Mês do Rock. A parceria da Itapema FM e do Cineclube Lanterninha Aurélio ganha mais uma edição neste ano.
As tradicionais sessões de quarta-feira, às 19h, serão em alto e bom som durante este mês. Tudo com entrada grátis, no auditório da Cesma. Espia aí, com toques sobre cada filme.
Dia 7
– Alta Fidelidade (2000) – O livro de Nick Hornby trabalha com muito humor, sensibilidade e emoção a ligação entre música, vida e relações amorosas. Foi nele que o autor decretou a mania de colocar tudo em listas dos “cinco mais alguma coisa”. A adaptação dirigida por Stephen Frears traz John Cusack e Jack Black
Dia 14
- Quase Famosos (2000) – O diretor Cameron Crowe conta a sua história, que transformou em realidade o sonho de muitos garotos: escrever sobre bandas e viver dentro do universo da fama. Na trama, um garoto de 15 anos passa uma bela mentira e é contratado pela revista Rolling Stone para acompanhar uma banda que acaba de estourar nos anos 70. No filme, ela é uma mistura de histórias de The Who, Led Zeppelin e Allman Brothers Band
Dia 21
– A Todo Volume (2008) – Tem como protagonistas “apenas” Jimmy Page (Led Zeppelin), The Edge (U2) e Jack White (White Stripes, Raconteurs e Dead Weather) – na foto, a partir da direita. Só que o assunto não são as bandas, mas a relação desses três ícones da guitarra com seus instrumentos
Dia 28
- Show com a banda Volunteers – É a estreia desse grupo que leva o nome de uma música do Jefferson Airplane. A Volunteers é formada por um pessoal conhecido de outras bandas e projetos: Juliane Bortolotto (voz), Alex da Rosa (guitarra e voz), César Marqueri (baixo) e Ricardo Nicoloso (bateria)
Carolina Berger, diretora e documentarista de Santa Maria, tem dois trabalhos exibidos nesta semana. Nesta quarta-feira, o documentário Paragem do Tempo (2009, 52min) será apresentado às 19h, na Cesma, pelo Cineclube Lanterninha Aurélio. O trabalho faz um retrato do distrito de Caçapava do Sul cuja história é contada pelos ciclos de extração mineral que ocorreram em diferentes épocas no século 20. Entre os temas que a diretora trabalha, aparece a ideia de como a noção da passagem do tempo pode ser percebida de diferentes maneiras.
E na sexta-feira, o documentário Herança (2007, 25min) será exibido na TV Câmara federal dentro do programa Olhares, que começa às 22h30min. O filme retrata o processo de desertificação do pampa gaúcho a partir de personagens que acompanham essa transformação.
Abaixo, uma resenha sobre Paragem do Tempo, originalmente publicada em 12 de junho de 2009, no Diário 2
Um ensaio sobre a passagem do tempo
Em ‘Paragem do Tempo’, diretora santa-mariense revisita Minas do Camaquã
Por Francisco Dalcol
Entre a rapidez e a lentidão, a noção da passagem do tempo pode ser percebida de diferentes maneiras. Ao produzir um documentário sobre as Minas do Camaquã, a diretora santa-mariense Carolina Berger resolveu trabalhar essa questão. O resultado é Paragem do Tempo, que será exibido hoje na TVE-RS e na TV Cultura. Financiado pelo DocTV, do governo federal, o trabalho faz um retrato do distrito de Caçapava do Sul cuja história é contada pelos ciclos de extração mineral que ocorreram em diferentes épocas no século 20.
Assim, o cenário é o de um lugar condenando ao isolamento. Carolina não caiu no perigo de simplificar seu trabalho a uma extensa reportagem de mais de 50 minutos, recheada de depoimentos e entrevistas. Formada em Jornalismo pela UFSM, com Mestrado em Documentário Cinematográfico pela Universidad del Cine, em Buenos Aires, ela fez o que se esperava: um documentário com uma linguagem autoral e artística, em que a história, ao invés de ser contada de forma mastigada como se faz no jornalismo, é apresentada de forma sugestiva. Assim, lacunas são deixadas para levar o espectador a um exercício de imaginação.
Com seus três personagens reais e seus cotidianos, Paragem do Tempo deixa claro que estamos em um lugar decadente e abandonado que lida com a memória de um passado próspero e glorioso. Afinal, muitas de suas visões de mundo hoje são alimentadas pela comparação de como as coisas eram e de como elas ficaram. Quando as máquinas funcionavam e os operários trabalhavam na extração de cobre, a cidade vivia na velocidade de uma grande fábrica. Com o fim do ciclo mineral, nos anos 90, restou uma calmaria que imprimiu outra noção de tempo ao lugar.
No documentário, essa sensação é despertada pelos sons _ e também pelos silêncios _ e pelos planos e enquadramentos muitas vezes contemplativos. Como efeito, o filme revela a beleza natural da geografia de Minas do Camaquã.
Muito do que foi construído para a extração mineral e para dar estrutura aos trabalhadores ainda está lá:
as máquinas, o antigo cinema, as casas dos operários, as placas de ruas com nomes de engenheiros e a casa do playboy Baby Pignatari, que foi dono das minas em um dos ciclos de mineração. Como tudo pertence ao passado, salta a sensação de abandono.
Isso fica evidente quando um dos personagens visita uma antiga mina de extração mineral lembrando como o trabalho era pesado, e a vida, orientada pelas jornadas. Mas Paragem do Tempo também trabalha com a esperança e a expectativa. Ao final, um de seus personagens sugere que ainda há muito minério a ser extraído, basta alguém investir no negócio. E, se isso acontecer, poderá melhorar a vida de muita gente, especialmente dos descendentes de operários que ali vivem, perpetuando o sonho que uma geração viu ser soterrado pela estagnação econômica.
Este é o segundo documentário da diretora após o premiado Herança, que retratou o processo de arenização no pampa gaúcho. O trabalho ganhou recursos do prêmio NUFF Global _ Climate Changes, um concurso da Noruega que financia projetos com foco nas mudanças climáticas. Herança foi o melhor documentário na competição nacional do Santa Maria Vídeo e Cinema em 2007. No Gramado Cine Vídeo, levou melhor documentário independente brasileiro. E ainda foi exibido em festivais na Europa.
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